Cadbury tenta mudar hábitos para crescer na Índia

Leia em 1min 40s

A Cadbury pretende ampliar sua posição dominante no mercado de chocolates da Índia, transformando o país em um centro regional de produção de cacau. A fabricante britânica de marcas como Dairy Milk e Bournville diz que a Índia está se mostrando um dos mercados mais resistentes à crise, com os lucros crescendo cerca de 20% ao ano e as vendas 30% - apesar da recessão mundial.

 

"A Cadbury precisará estar na posição de sustentar o crescimento que tivemos nos últimos três anos", diz Anand Kripalu, presidente do grupo para a Ásia e diretor-gerente da Cadbury Índia. O desafio para a companhia, que está na Índia há 60 anos, tem sido mudar os hábitos culturais locais de um país que tradicionalmente nunca foi consumidor de chocolate.

 

A Cadbury também está sendo forçada a se tornar mais auto-suficiente em grãos de cacau na Índia do que em outros países por causa de uma taxa de importação de 30% sobre a commodity, cultivada principalmente em Gana e na Costa do Marfim.

 

A companhia espera produzir localmente até 2015 todo o cacau que necessita, em vez de comprá-lo nos tradicionais mercados internacionais, que também são menos estáveis politicamente do que a Índia. As mudas de cacau crescem ao lado de coqueiros no sul da Índia e desse modo não exigem o desmatamento de novas áreas verdes para o cultivo.

 


A Cadbury acredita que se conseguir convencer 20% dos produtores de coco da Índia a incluírem os pés de cacau em suas plantações conseguirá aumentar a produção nacional dos grãos de 10 milhões de toneladas para 150 milhões de toneladas por ano, ou 3% da produção mundial, até 2020.

 

"Como companhia, acreditamos que precisamos acabar com o risco do cacau", diz Kripalu. A Cadbury controla mais de 70% do mercado de chocolates da Índia, com presença em 1,2 milhão de lojas, enquanto a Nestlé controla cerca de 25%.

 

Veículo: Valor Econômico


Veja também

Preço do feijão cai mais de 48% em maio em São Paulo

Priscila Machado/Agências   São Paulo - Depois de ter sido um dos vilões da inflaç&ati...

Veja mais
Brasil e Bolívia assinam acordo para setor têxtil

La Paz - Os governos de Brasil e Bolívia assinaram um acordo que permitirá a venda de produtos têxte...

Veja mais
De goma em goma, Perfetti van Melle quer ganhar o NE

O Nordeste é o novo foco de mercado da empresa italiana Perfetti van Melle, fabricante das pastilhas e confeitos ...

Veja mais
Estoque baixo pode motivar disparada da soja

Financial Times, de Londres   Os preços internacionais da soja poderão explodir neste verão ...

Veja mais
Grãos recuam após vendas especulativas

De São Paulo   O risco para a disparada dos preços da soja está presente, em virtude do decr...

Veja mais
Comprador do Ponto Frio ainda é incógnita

A cerca de quatro dias do anúncio da venda da segunda rede de eletroeletrônicos do País, o Ponto Fri...

Veja mais
Vestuário

A partir de hoje, a Renner acende a fogueira da Campanha de São João nas 11 lojas da rede instaladas no No...

Veja mais
Farmácias faturam 14,7% mais até março

Fernando Teixeira   SÃO PAULO - O faturamento das farmácias e drogarias associadas à Federa&...

Veja mais
Rússia se prepara para habilitar frigoríficos catarinenses de suínos

BRASÍLIA - A autoridade sanitária russa irá habilitar, nos próximos dias, frigorífico...

Veja mais