De acordo com a análise encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) ao Instituto Kantar, o primeiro semestre deste ano registrou 73% de consumo de chocolate no total de lares, ou seja, o mesmo índice alcançado no mesmo período de 2019.
O consumo do produto ficou concentrado na classe AB (30%) e em shoppers com idade acima dos 40 anos (63%), em lares com filhos (monoparentais 28% e casais com crianças ou pré-adolescentes com 38%). "As embalagens maiores são privilegiadas nesse contexto, pois o perfil de público atual busca os produtos que favorecem as situações de compartilhamento, o que difere da situação pré-pandemia, em que o consumo fora de casa favorecia as porções individuais. A indústria acompanha essas mudanças e possui um amplo portfólio para atender as necessidades do consumidor", explica o presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca.
A pesquisa mostrou inclusive que dentro da categoria de produtos regulares (como tabletes e bombons, por exemplo), o volume médio de chocolate consumido por lar foi de 3,8 kg, gerando uma retração de 11,8% na comparação com o 1° semestre de 2019. Isso deve ter ocorrido devido à queda geral do consumo fora do lar.
Além disso, a quantidade de vezes em que o consumidor foi ao ponto de venda para comprar chocolate no semestre não apresentou alteração, se mantendo em 4,4 vezes. "Apesar da retração no volume, esperada em função do cenário, o hábito de consumo se mantém, o que é importante para a retomada", completa Fonsêca.
Por conta disso, as indústrias se adequaram à nova demanda e diminuíram a quantidade de chocolates produzidos para 216 mil toneladas, 22% menor do que no ano anterior.
Fonte: Super Varejo