O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará divulgou uma pesquisa que revela o aumento de quase 80% do preço dos produtos de hortifrúti nos primeiros oito meses de 2020 no estado.
No mês de agosto, o pepino, por exemplo, acumulou alta de 3,44%. No entanto, quando é observado o preço dos produtos da categoria percebemos a forte elevação, chegando a 79,5% no preço do quilo da cebola. Outros alimentos que tiveram aumento expressivo foram o pimentão verde, com 20,8%, e o chuchu, com 16,2%.
Dona Fátima pesquisa, mas não conseguiu escapar da alta do preço dos produtos hortifrúti.
"Muito caro, está tudo muito caro. Tem que comprar né, compra umas coisas e deixa outras", contou.
De acordo com Everson Costa, técnico e pesquisador do Dieese, fatores climáticos e econômicos interferiram diretamente no preço dos produtos.
"As variações climáticas, a entressafra, a própria pandemia, mas significativamente o custo do frete, ou seja, a distância da qual esses produtos se deslocam para chegar até a nossa mesa, através dos supermercados e das feiras, são fatores que podem justificar esses aumentos. Eles vêm pesando significativamente. Até o final do ano nós devemos ter mais elevações de preço" explicou.
Apesar de toda essa alta, os especialistas em nutrição dizem que é possível comer bem de uma forma saudável e não pagar muito caro. A dica é se atentar às alternativas aos produtos que estão mais caros.
"Você pode utiliza mais o alho no tempero, no lugar da cebola, Você pode substituir o pimentão pela pimentinha, que é um ingrediente regional, sendo um pouco mais em conta" orientou a nutricionista Carolina Sales.
"Você pode optar por alimentos com alto rendimento, no caso arroz, feijão, batatas, legumes com cenoura abóbora, que são legumes que têm um certo valor energético e promovem a saciedade", completou.
Fonte: G1