O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), autarquia vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, encontrou uma série de irregularidades nos supermercados visitados durante as fiscalizações da "Operação Pegada Metrológica", na região de Araraquara.
No Patrezão Hipermercados, No município de Araraquara, 13 amostras de costela Seara inspecionadas foram reprovadas e o erro mais representativo foi a falta de 95 gramas do produto. Em Jaú, no supermercado Jaú Serve, os fiscais encontraram diferenças de até 50 gramas em relação ao indicado na embalagem de bacalhau Saihe e de 20 gramas no doce de marrom glacê.
Ainda em Jaú, de 12 amostras analisadas da costela salgada do supermercado Redi, 10 foram reprovadas - o maior foi a falta de 44 gramas. No supermercado Lindo Andreotti e Cia. foram analisadas oito amostras de bacalhau do Porto e oito amostras do bacalhau salgado desfiado. Todas foram reprovadas. O erro mais significativo foi encontrado no bacalhau desfiado, que tinha 19 gramas do que o informado. No município de Matão, das 13 amostras de queijo coalho Crioulo examinadas, 10 foram reprovadas - havia até 10 gramas a menos do produto.
PREJUÍZO. No setor de produtos pré-medidos (medidos e embalados sem a presença do consumidor), equipes do Departamento de Metrologia Legal e Fiscalização (DMLF) fiscalizaram 19 estabelecimentos comerciais nos municípios de Araraquara, Matão e Jaú. Foram examinados 495 produtos e 14 (2,83%) foram reprovados.
Segundo o superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula, os resultados demonstram importância do instituto na proteção e defesa do consumidor. Ele destaca que, no próximo dia 13 de julho, será inaugurada a nova instalação do instituto, no município de Araraquara.
Três equipes do instituto verificaram ainda 254 balanças de 31 estabelecimentos comerciais. O supermercado Lindo Andriotti e Cia, em Jaú, foi o único autuado por apresentar uma balança desregulada, gerando prejuízo ao consumidor de 200 gramas a menos em cada 20 quilos.
Os fiscais também examinaram 1.498 produtos têxteis, dos quais 24 (1,63%) apresentaram erros como falta de identificação fiscal, símbolos e informações sobre tamanho e instruções de conservação. Um dos exemplos foi a túnica marca Farm, na loja Helena Kass, cujo símbolo de secagem em tambor estava em desacordo com a norma. A calça jeans marca Venicci, na loja Koxixo, tinha denominação abreviada das fibras têxteis e instruções de conservação fora da seqüência obrigatória.
Na cidade de Araraquara, as equipes do Departamento de Metrologia e Qualidade (DMQ) também fiscalizaram 2.528 produtos com certificação compulsória como brinquedos, preservativos, mangueiras, reguladores de gás e isqueiros, entre outros. Desse total, 266 (12,30%) estavam irregulares, ou seja, não tinham o selo do Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Veículo: Jornal do Commercio - RJ