Alimentos "vegans" ganham espaço nos supermercados

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Crescimento no número de adeptos ao vegetarianismo também anima indústria.

 

Estimativas mostram que 4% da população brasileira seja vegetariana. E consumo tende a aumentar.No dia a dia, 28% dos brasileiros têm procurado comer menos carne. Essa é a conclusão do grupo Ipsos, empresa de pesquisas de opinião pública e social. No lugar da proteína animal, alimentos naturais integrais e orgânicos ou à base de soja se destacam como opções saudáveis. Estima-se que 4% da população brasileira seja de vegetarianos, um universo de 7,6 milhões de pessoas.

 

Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), cerca de 2 mil novos vegetarianos surgem por semana. Em São Paulo, empresários confirmam o bom momento do setor. E o  número de receitas diferenciadas não para de crescer. Entre as novidades, "pastel de feira" com carne de soja moída e "pão de queijo" sem o queijo, feito com batata.

 

É o caso da Padaria 100% Vegan, inaugurada há dois meses próximo ao metrô Consolação, na região central da cidade, onde existe grande concentração de restaurantes vegetarianos. "Mas padaria mesmo e lanchonete, somos os primeiros", diz a proprietária Laura Kim, adepta ao movimento desde 2003. "Não bebo, não como e não visto nada que seja de origem animal", diz.

 

Ela explica que os "vegans", grupo da qual faz parte, repudiam qualquer ação que atrapalhe o ciclo natural dos animais.  "O número de vegans está aumentando. Cerca de 40 pessoas almoçam na padaria 100 salgados integrais são vendidos por dia."

 

De acordo com uma pesquisa feita pelo guia de restaurante vegetariano,

 

da Revista dos Vegetarianos, existem 170 estabelecimentos do gênero no País. Pensando nisso, supermercados como o Hirota e o Pão de Açúcar dão cada vez mais espaço nas gôndolas para esses artigos.

 

Já a rede Mundo Verde   espera repetir o crescimento de 50% registrado em 2008 (veja ao lado). Um dos fornecedores da empresa é a Manguti Alimentos Naturais Integrais. Vegetarianos há dez anos, o casal Juliana Tavares e Vinícios Santos Rocha decidiram criar receitas saborosas sem usar nenhum tipo de carne.  "Percebemos que não havia variedade no setor ", diz  Juliana.

 

Hoje, com quatro anos, a empresa possui uma cozinha industrial e cinco funcionários. "Nossas massas de salgados não levam leite nem ovos, e são feitas com óleo de palmito, respeitando a filosofia vegan. Os recheios preferidos são as verduras", destaca.

 

De olho no crescimento do mercado, alguns produtores apostam na alimentação saudável dos consumidores para se destacar da concorrência. A Central das Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí (Cocajupi), por exemplo, lançou recentemente as amêndoas orgânicas. Tanto o produto salgado quanto o caramelizado são torrado a seco sem qualquer tipo de óleo.

 

Com um crescimento de 55% no ano passado em relação a 2007, a empresa espera crescer 40% neste ano.

 

Empresas com negócios ligados ao setor estarão reunidas nos próximos dias  23 a 26 de julho, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, na capital paulista, no 2º Salão Vegetariano. O evento é ligado à 5ª  Feira Internacional de Alimentação Saudável - Natural Tech. O salão, que tem entrada gratuita, é promovido pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB).

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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