A expert Elena Vecino ensina a explorar os sabores do extravirgem e dá dicas para comprar e conservar
Da taça, desprendem-se aromas frutados, verdes, lembra um pouco maçã. A variedade arbequina é elegante, agradável na boca. Uva branca? Não, azeitona , do norte da Espanha. Assim como o vinho, o azeite pode ser apreciado em uma taça, ou melhor, pode-se fazer sua "cata", termo espanhol para degustação.
Da mesma forma que as uvas, cada variedade de azeitona harmoniza com diferentes pratos. É preciso conhecê-las para saber comprar e usar. Na Espanha, país da especialista Elena Vecino, que esteve em São Paulo na última terça-feira para a Expoazeite, a azeitona arbequina é excelente para peixes e frutas, a picual para o gaspacho e a hojiblanca é ideal em guisados. "O azeite realça o sabor dos alimentos", explica Elena, "e há um tipo para cada prato."
No entanto, avisa a especialista, isso só vale para o azeite extravirgem, aquele colhido manualmente, com no máximo 0,8% de acidez e conservado com cuidado. Vidro branco ou recipientes transparentes, por exemplo, não conservam as propriedades do produto, pois deixam passar luz e calor. "O azeite oxida, fica rançoso e não oferece benefícios à saúde", explica. O melhor é escolher embalagens pequenas (já que o precioso líquido ainda é caro por aqui), de lata ou vidro escuro - a cor do azeite não é importante para o gosto. E mantê-lo longe da luz e oxigênio. Assim, afirma Elena, pode-se reutilizar o azeite até 8 vezes, sem que ele perca suas propriedades.
Veículo: O Estado de S.Paulo