Estação de metrô e aeroporto seduzem redes de 'fast-food'

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 Redes de varejo e indústrias, como Subway, Rei do Mate, Bob's e Nestlé, encontram oportunidades para crescer dentro de estações de metrô, terminais rodoviários e aeroportos, com lojas com maior faturamento, aproveitando o grande fluxo de consumidores, além de depender menos da abertura de lojas em shopping centers. A rede de fast-food, Subway, com 310 unidades no Brasil, afirma que já tem 38 lojas em locais não tradicionais, que não estão em shoppings ou nas ruas. Com duas unidades em aeroportos, a rede acredita que estações do metrô podem ser um grande mercado.

 

Nas 55 estações de metrô de São Paulo há cerca de 600 pontos comerciais. Nas estações de trem, há espaço para 154 quiosques e 25 lojas, por isso a Companhia do Metropolitano de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão reformulando seus espaços com licitações para empresas que sublocam os locais.

 

"Começamos a ver pontos de transporte, como metrô, rodoviárias e mesmo barcas, como locais em potencial para o nosso crescimento", afirma o gerente de Operações da Subway no Brasil, Giulliano Ivankiw. Locais como esses serão importantes para a rede atingir sua ambiciosa estratégia. "Queremos ser a maior rede de fast-food do Brasil, que já é o sétimo mercado mais importante no mundo para nós." Até o final do ano chegarão a 350 operações no País, prevendo chegar a 500 unidades em 2010,15% das quais deverão se situar em locais não tradicionais.

 

Para o gerente, a rede tem vantagens por ter formato flexível e sai à frente da concorrência por se adaptar facilmente a espaços como estações de metrô, que podem ter custo de instalação mais baixo. "O custo de instalação da nossa franquia é de até R$ 250 mil, mas nesses locais pode-se montar uma loja por R$ 180 mil."

 

Disponibilidade

 

A rede Rei do Mate é outra que procura pontos em estações de metrô e aeroportos. A empresa já possui uma unidade na Estação São Bento, em São Paulo, e acabou de abrir uma na Estação Cantagalo, no Rio de Janeiro. "São boas oportunidades e a ideia é crescer em locais como esses: só dependemos da disponibilidade de pontos", explica a gerente de Expansão, Adriana Lima. Segundo a executiva, as lojas têm fluxo maior de consumidores e não dependem do sucesso de outro empreendimento, como ocorre com lojas dentro de shoppings e de hipermercados.

 

"Nosso negócio precisa de um fluxo grande, e a loja da São Bento fatura mais do que outras do centro de São Paulo. O aluguel no metrô ainda é mais barato do que o do shopping", diz Adriana. A rede, que tem mais de 250 lojas, ainda tem três unidades em rodoviárias, seis em aeroportos e até em barcas que fazem o transporte entre o Rio de Janeiro e Niterói.

 

A rede Bob's também aproveita esse mercado e, das 700 lojas que possui no Brasil, 32 estão em estações de metrô, rodoviárias e aeroportos. De acordo com Flávio Maia, diretor de Expansão e Franquias da rede, apesar da dificuldade de entrar nesses locais, devido às licitações, trata-se de um mercado muito interessante para o Bob's, por ter alto fluxo de consumidores.

 

Segundo Andrea Arrais, superintendente da área de relações comerciais da Infraero, 30% da renda da instituição é oriunda do aluguel dos espaços comerciais em aeroportos, e a tendência é de que esse número cresça com o aumento da procura, além de reformas em aeroportos. Hoje, são 2.800 pontos para lojas e 150 para quiosques. Para Arrais, o interesse é grande também por atingir um público A e B e ter movimento por 24 horas.

 

Indústrias também apostam em estandes e lojas com sua própria marca em estações de metrô, que, além de renda adicional, possibilitam a divulgação da marca. É o caso da Nestlé, que possui mais de 30 pontos-de- -venda em diferentes meios de transporte. "Vamos ampliá-los, é uma iniciativa de muito sucesso para a Nestlé", afirma a empresa.

 

Para a marca, as vantagens são o enorme movimento e divulgação do portfólio de produtos, com cerca de 200 itens voltados para consumo imediato, além de fazer parte da estratégia de ter mais pontos de contato com o consumidor.

 

Veículo: DCI


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