A mesma voracidade que marcou sua entrada no mercado brasileiro de som automotivo, há 10 anos, enfrentando marcas consolidadas, deve nortear agora as ações da H-Buster para conquistar uma fatia do cobiçado mercado brasileiro de televisores de LCD. Subsidiária da China Electronics Corporation, a empresa já possui três fábricas no País, duas em Manaus (AM) e uma em Cotia (SP), sendo que uma na Zona Franca foi ampliada (de 7 mil metros quadrados para 12 mil metros) para passar a produzir até 25 mil unidades de TV por mês, somente com um turno.
Mesmo sem divulgar investimentos, a companhia - que possui 55 mil funcionários em todo o mundo, sendo 1,2 mil no Brasil - planeja conquistar os consumidores brasileiros pelo bolso, assim como foi feito na área automotiva. Seus produtos devem custar, em média, 10% menos que os da concorrência, garante o gerente nacional de vendas ao varejo da H-Buster, Ricardo Sartori. "O brasileiro adora carros e televisão e estamos apostando muito nestes dois mercados", diz Sartori.
Segundo o executivo, serão lançadas inicialmente quatro modelos de TVs, sendo dois HD TV (uma de 32 polegadas, pelo preço sugerido de R$ 1.699, e outra de 42, por R$ 2.699), e dois modelos Full HD (um de 42 polegadas, de R$ 3.499 e outro de 52 por R$ 5.599). A idéia, com isso, é participar ativamente de um mercado que comercializou cerca de 1 milhão de unidades entre LCD e Plasma em 2007 e em 2008 deve encerrar com um movimento em torno de 2,5 milhões a 3 milhões. Para 2009, a estimativa é de crescimento em torno de 30% a 40%. "Esse crescimento se dá pelo desejo de consumo aliado a queda de preço", acrescenta o gerente. Segundo o executivo, existe hoje um aumento geral na demanda mundial por LCDs que vem pressionando os preços em todo o mundo. Neste cenário, a briga por espaço é grande tanto entre as marcas consolidadas como novas, tipo a Buster.
Investimentos
Há um ano, a multinacional chinesa investiu US$ 10 milhões em Manaus para ampliar a produção, revitalizando toda a indústria local de som automotivo. O objetivo era elevar a capacidade de produção de 15 mil unidades para 80 mil e, assim, assumir a liderança do setor. Agora, a H-Buster se volta para o entretenimento doméstico já pensando em brigar com os grandes. "Mesmo que o mercado de TV digital seja incipiente, esse mercado cresce exponencialmente e atrai muito o investimento", explica o gerente de marketing Carlos Bizetto.
Veículo: Gazeta Mercantil