Preço dos alimentos recua, mas não evita alta do IPCA em setembro

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Os alimentos contribuíram para arrefecer o avanço dos preços verificado em seis dos nove grupos que compõem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o índice atingiu 0,24%, diante de 0,15% em agosto, enquanto os alimentos recuaram 0,14%, acelerando a deflação de 0,01% ocorrida em agosto.

 

Dentro dos alimentos, o leite pasteurizado caiu 8,76% no mês passado, contribuindo com uma taxa negativa de 0,11 ponto percentual para o IPCA. No ano, o produto ainda acumula forte alta, de 14,23% desde janeiro.
"O leite, que foi uma das principais pressões de alta em meses anteriores, agora faz o caminho inverso e foi importante para amenizar o resultado de setembro. Ele liderou a alta por alguns meses e agora lidera a baixa", frisou a coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.

 

A maior parte dos grupos esteve, no entanto, na contramão dos alimentos. O crescimento dos custos com empregados domésticos contribuiu para que o grupo despesas pessoais subisse 0,52% em setembro, ante 0,27% em agosto. Impulsionado pelos efeitos do reajuste do salário mínimo, o custo do empregado doméstico subiu 1,15% e contribuiu com alta de 0,04 ponto percentual para o IPCA.

 

Na habitação, que pulou de 0,47% em agosto para 0,62% em setembro, o destaque foi o gás de cozinha, que subiu 3,40% em setembro e também deu a maior contribuição individual para o IPCA, de 0,04 ponto percentual.

 

Outra pressão de alta em setembro veio do setor automotivo. O aumento da demanda provocado pela expectativa do fim da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contribuiu para uma alta de 0,67% no automóvel novo em setembro, movimento acompanhado pelo automóvel usado, que avançou 0,86%.

 

Para outubro, os principais efeitos esperados sobre o IPCA são a continuação dos efeitos do reajuste da telefonia fixa, aplicado no dia 16 de setembro, e as consequências do aumento das alíquotas do IPI sobre o setor automotivo. Ao longo do ano, a desoneração do IPI influenciou as principais quedas acumuladas, já que entre os 12 produtos com a maior contribuição de baixa para o IPCA estão o automóvel usado, com -0,16 ponto percentual (p.p.), o automóvel novo, com -0,14 p.p., os eletrodomésticos e equipamentos, com -0,04 p.p., e o seguro voluntário de veículo, com -0,03 p.p..

 

Veículo: Valor Econômico


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