Apesar das insistentes negativas de seus principais executivos, a Fibria, empresa resultante da compra da Aracruz pela VCP, admitiu por meio do diretor de Relações com Investidores, Marcos Grodetzky, que se a empresa receber boas propostas pelos ativos de papel, pode vender essas plantas desde que atendam ao interesse dos acionistas da companhia. Ontem a empresa anunciou a oficialização da venda da unidade de Guaíba (RS) para a chilena CMPC, negócio que estava em análise desde setembro.
Segundo o executivo, com a consolidação da venda, que ficou em R$ 1,4 bilhão, a empresa poderá antecipar projetos que considera prioritários, dentre eles, o primeiro da lista é a expansão da Veracel, empresa na qual tem como sócia a Stora Enso. Essa decisão ainda dependerá de um acerto entre as duas partes em reunião do conselho de administração da Veracel, porém, ainda não há uma data definida para que esse assunto seja abordado. Além desse projeto, ainda há outros três que se tocados, poderão dobrar a capacidade instalada da empresa cuja meta para 2020 é de 9 mi de toneladas de fibra curta.
Grodetzky disse que os investimentos dependerão de demanda do mercado. Mas ele se mostrou otimista e afirmou que é possível que exista mais demanda do que fornecedores no longo prazo.
Veículo: DCI