A fabricante de produtos de higiene pessoal Johnson & Johnson anunciou resultados para o terceiro trimestre que superaram as estimativas de Wall Street, mas as vendas caíram devido à fraca demanda por produtos farmacêuticos.
O lucro líquido cresceu 1,1% para US$ 3,3 bilhões, ou US$ 1,20 por ação, com a companhia de Nova Jersey sendo bem-sucedida no corte de custos. A J&J demitiu 900 funcionários em abril para lidar com a competição crescente dos fabricantes de medicamentos genéricos. "Continuamos administrando com sucesso nossa ampla base de negócios e proporcionando lucros sólidos, apesar do impacto dos vencimentos de patentes e dos desafios representados pelo atual cenário econômico", disse o diretor-presidente da J&J, William Weldon, em um comunicado.
A receita da J&J caiu 5,3% para US$ 15,2 bilhões no terceiro trimestre, com as vendas afetadas por uma queda de 14,1% nas vendas de produtos farmacêuticos. A queda foi aliviada por um aumento de 2,3% nas vendas de equipamentos médicos. "Concluímos múltiplas aquisições e colaborações estratégicas e recebemos aprovações para vários produtos novos no trimestre, que vão beneficiar pacientes de todas as partes do mundo e conduzir o crescimento futuro", disse Weldon.
Em setembro, a J&J disse que iria comprar 18% da Crucell, empresa de biotecnologia da Holanda com direitos de desenvolvimento de uma vacina contra gripe, projetada para proteger contra todas as cepas futuras do vírus. A iniciativa sinalizou o compromisso de longo prazo da J&J com a diversificação na área de vacinas.
Ontem, a J&J elevou suas metas de lucro para 2009: lucro líquido de US$ 4,54 a US$ 4,59 por ação. A companhia também informou que ainda vai concluir seu programa de recompra de ações, mas em um ritmo mais lento do que o anteriormente divulgado. (Tradução de Mario Zamarian)
Veículo: Valor Econômico