Consumo nos Lares Brasileiros cresce 4,24% em julho

Leia em 3min 50s

Reajustes do diesel e do frete devem elevar os preços dos alimentos no semestre

AbrasMercado: cesta registra menor preço desde fevereiro de 2022

 

O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 4,24% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com indicador da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS. Essa é a alta mais significativa do consumo no ano quando se retira o crescimento sazonal da Páscoa (7,29%).


Na comparação com julho de 2023, o crescimento é de 3,37%. No acumulado do ano a alta é de 2,52% – patamar dentro das projeções do setor para 2023. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.


“A queda expressiva nos preços dos alimentos para consumo no domicílio em julho sinalizou mais uma vez que as medidas de combate à inflação precisam ser mantidas, pois a busca por produtos de preços mais baixos reflete o comportamento de 54% dos brasileiros no momento de compor a cesta de abastecimento dos lares”, explica o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.


Para os próximos meses, no entanto, a entidade pondera que os reajustes nos preços dos combustíveis – especialmente do óleo diesel, em agosto – devem elevar os preços dos hortifrutigranjeiros, das carnes, dos laticínios e dos alimentos industrializados de forma escalonada e trazer impactos na cesta de abastecimento dos lares.


Além dos repasses imediatos pelos fornecedores, a reoneração dos combustíveis prevista para o início de setembro deve pressionar ainda mais o preço dos produtos no varejo. Com essa medida, o diesel passa a ter PIS/Cofins de R$ 0,11 por litro em setembro e mais R$ 0,03 por litro em outubro. Até agosto, o imposto estava zerado.

 

Cesta AbrasMercado registra menor preço dos últimos 17 meses

Deflação dos lácteos e de itens básicos contribuiu para a queda nos preços da cesta em todas as regiões


Em julho, a cesta Abrasmercado registrou queda de -1,51% na comparação com junho. Os preços, em média, recuaram de R$ 741,23 para R$ 730,06 – menor preço registrado desde fevereiro de 2022 (R$719,06). O indicador mede a variação da cesta composta por 35 produtos de largo consumo: alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.


A queda nos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e a menor pressão das cestas de higiene e de limpeza contribuíram para o recuo dos preços em todas as regiões pesquisadas.


Em julho, as quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), queijos muçarela e prato (-0,20%).


As carnes seguiram a tendência de queda registrada no primeiro semestre: cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Pela primeira vez no ano, os ovos apresentaram estabilidade nos preços (0,01%).


Dentre os itens básicos, a única alta foi puxada por açúcar refinado (+1,58%). Já a queda mais expressiva foi registrada no preço do feijão (-9,24%), seguido de óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%).


Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em xampu (-0,69%), sabonete (- 0,11%), papel higiênico (-0,03%). Em limpeza, o sabão em pó registrou queda de -0,80% nos preços.  


Na análise regional, a maior queda no indicador ocorreu na região Sudeste (-1,58%), seguidas de Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%), Centro-Oeste (-1%).

 

Preços da cesta de alimentos básicos cai 2,07% em julho


No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve variação de -2,07% em julho ante junho e o preço, na média nacional, caiu de R$ 316,29 para R$ 309,75.


As principais quedas vieram de feijão (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), carne bovina – corte do dianteiro (-2,47%), leite longa vida (-1,86%), café torrado e moído (-1,58%), farinha de mandioca (-1,54%), farinha de trigo (-0,71%), margarina cremosa (-0,13%), queijo muçarela (-0,20%), arroz (-0,74%), massa sêmola de espaguete (-0,41%). O açúcar refinado registrou alta de 1,58%.


Acesse aqui a apresentação na íntegra.

 

Assessoria de Imprensa ABRAS


Veja também

Avança isenção de tributos na venda de reciclados

  A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta quarta-feira (30) um projeto que concede isenç...

Veja mais
Repetitivo vai definir se as obrigações ambientais têm natureza propter rem

  A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afetou os Recursos Especiais&nb...

Veja mais
TRT 2ª REGIÃO – PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO FICA INDISPONÍVEL NESTE FINAL DE SEMANA

Devido à necessidade de manutenção programada o Processo Judicial Eletrônico e os servi&ccedi...

Veja mais
Agenda Regulatória 2024-2025: contribua para a definição dos temas!

Está aberta para contribuições a consulta dirigida sobre a composição da Agenda Regul...

Veja mais
Disponibilizadas videoaulas sobre a escrituração dos processos trabalhistas no eSocial

Série de vídeos aborda os procedimentos que devem ser adotados pelos responsáveis para enviar as in...

Veja mais
Comissão aprova projeto que obriga empresas a oferecer palestras sobre violência contra mulher

  Obrigação valerá para empresas que tiverem, no mínimo, 50 funcionários  ...

Veja mais
TRT-2 SUSPENDE PROCESSOS COM INTERPRETAÇÕES DISTINTAS PARA A CONTAGEM DO PRAZO DO ARTIGO 10-A DA CLT

No último dia 21/8, o Tribunal Pleno da 2ª Região admitiu, por unanimidade, o oitavo Incidente de Res...

Veja mais
Taxa judiciária prevista em lei estadual deve ser paga mesmo que partes façam acordo antes da sentença

As partes devem pagar a taxa judiciária ao fim do processo se houver essa previsão na legislaç&atil...

Veja mais
Empresa que faz segurança sem arma obtém liminar para não precisar de licença da PF

  Uma empresa de produção de vídeos que também presta, entre outros, serviços d...

Veja mais