Diante das novas brechas para a proliferação de sindicatos de olho no bolo do imposto sindical obrigatório, o procurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, prepara uma representação pedindo que o tribunal faça uma fiscalização profunda para verificar se está havendo desvio desses recursos. E, principalmente, se há criação de sindicatos de fachada para abocanhar um pedaço do imposto, que arrecadou este ano R$ 1,3 bilhão.
Segundo ele, o TCU já está investigando um caso específico de prováveis sindicatos de fachada na área de fast food criados por membros de uma mesma família, com assembléias realizadas na casa do cabeça do grupo, Ataíde Francisco de Morais.
Mesmo sem carteira assinada há mais de 19 anos como trabalhador na área, de acordo com a representação do Ministério Público, Ataíde Francisco de Morais "fundou diversos sindicatos e apresenta rápido acréscimo patrimonial".
Marsico disse que o Ministério Público vê com grande preocupação a abertura de brechas, no Ministério do Trabalho, que possam eventualmente propiciar desvios do imposto.
Veículo: O Globo - RJ