Fique de olho para não cair em golpes virtuais

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O Ministério da Justiça lançou a campanha “Proteja seus dados. Não compartilhe”. Conheça algumas dicas para se proteger

 

Ao acessar a internet, o cidadão deve estar de olho e tomar cuidado ao fornecer dados pessoais. No primeiro semestre do ano, o número de consumidores que tiveram dados pessoais ou financeiros consultados, coletados, publicados ou repassados sem autorização mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da plataforma Consumidor.gov.br. Foram 47.413 reclamações, enquanto em 2020, o registro é de 21.310. O número do primeiro semestre deste ano, inclusive, já supera o total do ano passado, que foi de 44.750.

 

Para alertar a população sobre os cuidados na internet, o Ministério da Justiça e Segurança Pública está promovendo a campanha “Proteja seus dados. Não compartilhe”.

Em entrevista, a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Domingues, falou um pouco da campanha e deu dicas sobre como evitar cair em golpes virtuais.

 

Qual objetivo da campanha?

Auxiliar o consumidor a identificar as tentativas de golpes e fraudes mais frequentes no ambiente virtual. Com isso, o consumidor poderá proteger os seus dados pessoais especialmente evitando compartilhar em páginas inseguras. A campanha também promove a educação para o consumo na era digital, seguindo as melhores práticas internacionais. Os consumidores poderão identificar mais facilmente os riscos, além de entender a importância e o valor dos seus dados pessoais e dados financeiros.

 

Por que o Ministério da Justiça resolveu promover a iniciativa?

A Senacon tem sido ativa nas discussões internacionais sobre o tema e devido ao aumento de reclamações nas plataformas geridas pelo Governo Federal. Foi observado durante a pandemia o aumento de fraudes e golpes realizados em ambiente digital. A Secretaria Nacional do Consumidor também tem um Acordo firmado com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) que prevê esse tipo de campanha educativa para prevenir esses incidentes.

 

Poderia citar alguns golpes comuns já identificados?

Um dos golpes mais frequentes é do WhatsApp clonado. É muito comum também a criação de contas falsas em redes sociais, inclusive com clonagem de estabelecimentos, hoteis e lojas virtuais. Essas páginas “fake” são utilizadas para a captação de dados pessoais e bancários de consumidores. Outros golpes comuns envolvem FGTS, supostos cadastros para o Auxílio Emergencial e mensagens relacionadas ao agendamento de vacinas, por exemplo. Outro golpe comum acontece por meio de “Spywares” que são “softwares espiões” baixados de aplicativos desconhecidos ou por meio de links enviados, que se apropriam dos dados de consumidores.

 

Ao fazer compras pela internet, são usados dados pessoais. Quais os principais cuidados que a população deve ter?

Sempre que for realizar uma compra ou contratar um serviço pela internet o consumidor deve buscar avaliar a procedência da empresa. O consumidor não deve clicar em links inseguros. Além disso, o consumidor deve ficar atento aos certificados de segurança e só deve dar informações pessoais como endereço, CPF e dados de cartão de crédito quando tiver certeza que a empresa existe e que o site é seguro. Pesquisar o nome da empresa na internet pode ajudar a descobrir se é confiável a partir da experiência de outros consumidores. O consumidor.gov.br possui as maiores empresas e fornecedores de produtos e serviços do Brasil, por exemplo.

 

Que outro tipo de situação o cidadão deve estar de olho para não deixar os dados caírem em mãos erradas?

O consumidor também deve suspeitar de promoções ou ofertas incompatíveis com a realidade, com preços e condições “boas demais para ser verdade”. Também é importante que o consumidor não clique em links desconhecidos. Outra dica importante é lembrar que informações sobre FGTS e vacinas, por exemplo, não costumam ser enviadas pelas autoridades públicas. Sempre que receber algo nesse sentido, desconfie e busque se informar antes de clicar. Se o consumidor não estiver fazendo uma compra, por exemplo, não há razão para o fornecimento de dados como conta bancária e números do cartão de crédito. Isto evita que outras fraudes financeiras ocorram por meio desses dados compartilhados sem necessidade.

 

Para resumir, qual conselho que dá ao cidadão para proteger seus dados?

Em resumo, ao navegar e ao fazer compras na Internet o consumidor precisa ser cuidadoso e estar atento aos possíveis golpes. Ao compreender os riscos, o consumidor evita fornecer dados pessoais em sites desconhecidos protegendo-se de outras fraudes. Também é muito importante não clicar em quaisquer links enviados, manter atualizado softwares de antivírus, utilizar navegadores confiáveis e avaliar os certificados digitais. Por fim, desconfie de ofertas incompatíveis com a realidade e sempre verifique a reputação das empresas em sites de busca. Na dúvida, não compartilhe os seus dados!

 

Fonte: Governo do Brasil – 16/08/2021

 

 


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