Abrasmercado registra alta de 0,79% puxado por arroz, feijão, leite, cebola e batata
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O Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 1,47% até fevereiro, de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados. Na comparação com fevereiro de 2023, o indicador registra alta de 1,71%. Na comparação com janeiro, a queda é de -1,54%. O efeito calendário também influenciou o consumo em fevereiro. O mês contou com 29 dias contra 31 do mês anterior.
O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A taxa de emprego mais estável no trimestre encerrado em janeiro ajudou a manter a trajetória de crescimento do consumo em patamares semelhantes ao do ano anterior, bem como o crescimento real da renda com o reajuste do salário-mínimo”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
Em fevereiro, ajudaram a movimentar o consumo nos lares o pagamento de R$ 14,45 bi do Bolsa Família, R$ 566,3 milhões do Auxílio-Gás, o início do pagamento do Abono do PIS/PASEP estimado em R$ 28 bilhões no calendário 2024, o reajuste do salário-mínimo (+6,97%) desde janeiro, R$ 304 milhões do lote residual de imposto de renda. O pagamento de R$ 21,4 bilhões em precatórios (pagos no final de fevereiro) deve ter impacto no consumo em março.
A antecipação do pagamento a partir de abril do 13º salário de aposentados e pensionistas deve incentivar o consumo nos lares.
Abrasmercado registra alta de 0,79% em fevereiro
Carne bovina (dianteiro e traseiro) e pernil registraram queda nos preços
O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados – registrou desaceleração em fevereiro. No mês, a variação foi de 0,79% ante 1,40% em janeiro. As principais altas foram puxadas tanto por itens básicos como feijão (+5,07%), arroz (+3,69%), leite longa vida (+3,49%) quanto por hortifrutigranjeiros: cebola (+7,37%) e batata (+6,79%).
Dentre os itens básicos, houve aumento nos preços do açúcar refinado (+1,31%), da farinha de mandioca (+1,18%) e do café em pó torrado e moído (+0,21%). As quedas foram puxadas por óleo de soja (-1,06%) e farinha de trigo (-1,02%).
Na cesta de proteína animal, os recuos vieram da carne bovina – cortes do dianteiro (-0,31%) e do traseiro (-0,84%), do pernil (-1,49%). As altas foram puxadas por frango congelado (+1,27%) e pelo aumento da demanda no período da Quaresma por ovos (+2,43%).
Na contramão do leite longa vida, os derivados registraram recuo nos preços: margarina cremosa (-0,33%), queijos muçarela e prato (-0,62%).
Na categoria de higiene e beleza o recuo foi registrado nos preços do creme dental (-1,08%). As demais variações foram: papel higiênico (+0,39%), xampu (+0,37%), sabonete (+0,08%).
Na cesta de limpeza, todos os itens registraram recuo nos preços. Detergente líquido para louças (-0,74%), água sanitária (-0,52%), desinfetante (-0,46%) e sabão em pó (-0,43%).
Em fevereiro, a cesta passou de R$ 732,69 para R$ 738,49 uma alta de +0,79%, na média nacional. Na análise regional, todas as cinco regiões registraram alta. A maior variação foi registrada na região Nordeste (+0,98%) puxada por cebola (+6,99%), passando de R$ 658,71 para R$ 665,15; seguida por Sudeste (+0,85%) que passou de R$ 742,73 para R$ 749,02; Sul (+0,41%), passando de R$ 818,93 para R$ 822,30; Norte (+0,40%), saindo de R$ 817,24 para R$ 820,51 e Centro-Oeste (+0,09%), passando de R$ 693,89 para R$ 694,02.
Cesta de 12 produtos básicos tem alta de 1,28%
Óleo de soja, farinha de trigo e carne bovina – dianteiro puxaram as principais quedas da cesta
No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve alta de 1,28% em fevereiro, passando de R$ 306,11 para R$ 310,03.
As principais altas de preços foram registradas em feijão (+5,07%), arroz (+3,69%), leite longa vida (+3,49%), açúcar refinado (+1,31%), farinha de mandioca (+1,18%), café torrado e moído (+0,21%).
Dentre as quedas estão: massa sêmola de espaguete (-1,10%), óleo de soja (-1,06%), farinha de trigo (-1,02%), carne bovina – corte dianteiro (-0,31%), queijo (-0,62%) e margarina cremosa (-0,33%).
Páscoa: consumo de produtos sazonais cresce 11% em volume
35% dos consumidores costumam ir aos supermercados até a véspera da data para completar a cesta e buscar promoções de última hora
Os produtos típicos da Páscoa vêm registrando aumento em volume, principalmente, a partir da segunda semana que antecede à data. No período (11 a 17/03), os produtos sazonais cresceram 11% em volume.
Nos supermercados, os ovos de chocolate registram alta de 9,4% em volume. Já os chocolates têm alta de 11% e a colomba pascal, alta de 24%.
Para o almoço, os destaques são o bacalhau, com aumento de 29,5% e os peixes com 15,7%. Outros itens com crescimento em volume são azeitonas, com 16,4% e azeite com 5%.
Na cesta de bebidas, o vinho de mesa registrou crescimento de 13,5% em volume.
Neste ano, o varejo e a indústria se anteciparam e desde o Carnaval as lojas passaram apostar em pontos extras e em ações promocionais, bem como, fortaleceram a participação no e-commerce.
“O consumidor tem buscado produtos típicos da Páscoa para o almoço, ovos de chocolate, chocolate em barras e itens presenteáveis como os bombons, mini ovos e coelhos de chocolate”, explica o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
Álcool líquido 70% deve sair das prateleiras dos supermercados em abril
Para o consumidor, o produto é essencial na higienização de ambientes e se tornou hábito de consumo para combater às disseminações de variantes do Coronavírus. Já há registro de falta do produto nos supermercados
Os consumidores podem deixar de contar com a eficácia do álcool líquido 70% (setenta por cento) utilizado na higienização de ambientes nas residências e no ambiente de trabalho – ainda que em meio ao registro de casos de contaminação e mortes por variantes do Coronavírus. Isso porque os supermercados devem cumprir a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA que autorizou a venda do produto até 31 de dezembro de 2023. Desde então, o setor vem comercializando apenas os estoques – permitidos pela RDC Nº 766 – que devem ser encerrados até 29 de abril.
A Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS entende que a proibição da comercialização retirará do consumidor o acesso ao produto de melhor relação custo-benefício, comprovadamente eficaz nos cuidados com a saúde, na sanitização de ambientes e na proteção contra doenças, incluindo a COVID-19.
“Os consumidores se adaptaram e adotaram a prática comum de compra do álcool líquido 70% para higienização de ambientes em casa e no trabalho, pois o setor supermercadista fez uma campanha bem-sucedida de orientação e esclarecimentos que proporcionaram um comportamento sensato e seguro destes sanitizantes, sem o registro de contingência ou acidentes desde a liberação da comercialização pela Agência em 2022”, explica o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Desde a autorização da Anvisa em 2022, mais de 64 milhões de unidades de álcool líquido 70% foram comercializadas pelos supermercados e o setor tem observado que o consumidor mantém a preferência pelo álcool 70% na forma líquida por não deixar resíduos em móveis e objetos.
Desde dezembro, a ABRAS vem dialogando com a Agência uma vez que há demanda dos consumidores e falta de produtos nas gôndolas dos supermercados.