Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 2,07% no quadrimestre, aponta ABRAS

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  O Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 2,07% no quadrimestre (janeiro a abril), de acordo com monitoramento mensal realizado pela Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS. Na comparação interanual – abril de 24 x abril de 23, o indicador registrou alta de 0,63%. Em abril, houve recuo de -7,29% ante março – resultado influenciado pelo consumo sazonal da Páscoa (31/03).

  Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e contemplam todos os formatos de supermercados.

  “O consumo segue a trajetória positiva sendo beneficiado pela melhora nos indicadores de trabalho e renda, antecipação de recursos, manutenção dos programas de transferência de renda. Contudo, continuamos monitorando a influência dos fatores climáticos que vem ocorrendo desde o ano passado com ondas de calor e chuvas intensas que afetam a oferta de alguns alimentos nas principais regiões produtoras e tendem impactar os preços ao consumidor”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

  De acordo com analistas da entidade, os principais recursos injetados na economia que tiveram influência positiva no Consumo nos Lares foram a antecipação da primeira parcela do 13º salário para 3,6 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários dos auxílios do INSS a partir de 24/04, os recursos do programa Pé-de-Meia do Governo Federal que devem injetar R$ 6 bi no mercado ao longo do ano, o pagamento de R$ 14,18 bi do Bolsa Família, o pagamento de R$ 592,64 milhões do Auxílio-gás (abril), a liberação de R$ 4,6 bi do terceiro lote do PIS/PASEP, o montante de R$ 381,7 milhões do lote residuais de imposto de renda, o pagamento de R$ 2,4 bi em Requisições de Pequeno Valor – RPVs (INSS).

  Para os próximos meses, recursos como o pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2024 com montante histórico de R$ 9,5 bi para 5,6 milhões de contribuintes tendem a influenciar no abastecimento dos lares. Para maio, estão previstos ainda o pagamento da segunda parcela do 13º salário para os beneficiários do INSS, a liberação de R$ 2,4 bi em Requisições de Pequeno Valor (INSS), a transferência de R$ 14,18 bi do programa Bolsa Família, continuidade do pagamento do PIS/PASEP.

 

Abrasmercado: preços da cesta variam 0,25%

Na média nacional, os preços do arroz caíram -1,93% em abril.

Feijão, açúcar e farinha de trigo também registraram recuos nos preços 

 

  O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços da cesta composta por 35 produtos de largo consumo dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza – registrou alta 0,25% em abril. Os preços da cesta passaram de R$ 737,33 para R$ 739,18, na média nacional.

  Dentre os produtos básicos, as principais quedas de preços foram puxadas por feijão (-3,94%), com maiores recuos nas regiões Norte (-5,32%) e Centro-Oeste (-5,20%); arroz (-1,93%), com queda nos preços nas cinco regiões: Norte (-3,58%); Nordeste (-2,11%), Sul (-2,03%), Centro-Oeste (-1,92%) e Sudeste (-1,75%). Houve ainda recuo nos preços da farinha de trigo (-0,91%), do açúcar refinado (-0,71%). As altas vieram do café torrado e moído (+3,08%) e do óleo de soja (+0,26%).

  Na cesta de produtos lácteos as principais altas vieram do leite longa vida (+1,47%), leite em pó integral (+1,26%) e queijos muçarela e prato (+0,29%). Já a queda foi registrada na margarina cremosa (-0,83%).

  Na cesta de proteína animal houve recuo nos preços da carne bovina – corte traseiro (-1,64%) e do frango congelado (-0,25%). Já as altas foram puxadas por ovos (+1,06%), carne bovina – corte dianteiro (+0,38%) e pernil (+0,29%).

  Nos hortifrutigranjeiros, a maior queda foi registrada na batata (-4,18%). Outros itens como cebola (+15,63%) e tomate (+14,09%) continuaram pressionando os preços da cesta. De janeiro a abril, as principais altas acumuladas neste grupo vêm da cebola (+34,05%) e do tomate (+29,15%).

  Na categoria de higiene e beleza, as variações nos preços em abril foram: creme dental (+1,08%), xampu (+1,35%). Os recuos nos preços vieram do sabonete (-0,99%), papel higiênico (-0,65%).

  Na cesta de limpeza, todos os produtos da Abrasmercado registraram recuo nos preços: água sanitária (-0,51%), detergente líquido para louças (-0,47%), sabão em pó  (-0,38%) e desinfetante (-0,21%).

  Na análise regional, em abril, os preços da cesta se mantiveram estáveis na região Sudeste (-0,01%). As demais regiões encerram o mês com altas nos preços: Nordeste (+0,82%) saindo de R$ 667,50 para R$ 672,99; Norte (+0,61%) passando de R$ 822,34 para R$ 827,39, Centro-Oeste (+0,40%) que passou de R$ 691,31 para R$ 694,09 e Sul (+0,12%) que passou de R$ 820,32 para R$ 821,34.

 

Preços da cesta de 12 produtos básicos se mantém estável

Preço do arroz cai nas cinco regiões e feijão recua, em média 5%, nas regiões Norte e Centro-Oeste

  No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos os preços se mantiveram estáveis (-0,02%). Em abril, o preço da cesta recuou de R$ 311,02 para R$ 310,95, na média nacional.

  As principais quedas de preços foram puxadas por feijão (-3,94%), arroz (-1,93%), farinha de trigo (-0,91%), margarina cremosa (-0,83%) e do açúcar refinado (-0,71%). Já as altas vieram do café torrado e moído (+3,08%), leite longa vida (+1,47%), massa sêmola de espaguete (+0,81%), carne bovina – corte do dianteiro (+0,38%), óleo de soja (+0,26%).




Abastecimento de arroz nos supermercados

 

  A ABRAS tem participado ativamente das discussões intersetoriais com o Poder Executivo para tratar do abastecimento de arroz no mercado interno, bem como das questões logísticas, de preços de comercialização do produto a ser importado pelo Governo Federal para manter o consumo interno.

  No que se refere aos preços, de acordo com o Abrasmercado – indicador que acompanha a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo – o arroz vinha registrando recuo nos meses de março e abril com a maior oferta do cereal no mercado interno devido ao período da colheita. Em março, o preço recuou - 0,90%, em abril a queda foi de -1,93%.

  No entanto, de acordo co­­­­m monitoramento da entidade, entre 25 de abril e 28 de maio, os preços do pacote de 5kg do arroz tipo 1 subiram, em média, +1,08%, para o produto da categoria de maior preço que passaram de R$ 46,45 para R$ 46,95. Já na faixa de preço mínimo, a variação foi de + 11,31% passando de R$ 22,90 para R$ 25,49. Para a faixa de preço médio, a variação foi de +5,01% saindo de R$ 32,75 para R$ 34,39.

  Quanto ao abastecimento dos supermercados, por ora, os níveis de estoques operam dentro da normalidade e o consumidor deve pesquisar preços e promoções nas lojas físicas e no e-commerce. Atualmente, há mais de 60 marcas de arroz no mercado e diferentes preços para compor a cesta de abastecimento dos lares.

  Já as questões logísticas e os preços de comercialização permanecem na pauta de discussão dos setores produtivos com o Governo Federal, assim como os prazos para a entrada do produto no varejo nacional.


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