Inflação

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O velho fantasma continua vivo. Após dois meses de queda, a inflação volta a subir, preocupando comércio
e indústria, que sentem o impacto em suas vendas

A inflação oficial, medida através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), voltou a subir, após dois meses de queda.O indicador de abril teve alta de 0,55%, pouco acima dos 0,47% de março, mantendo a preocupação de governo e demais agentes econômicos com um dos fatores mais importantes para o crescimento do país, que tem impacto direto nas vendas do varejo e da indústria. No acumulado de 12meses, o IPCA ficou em6,49%, dentro da meta oficial do governo, que prevê um teto de 6,50%.

Desde o início do ano, comércio e a indústria vêm se ressentindo da pressão da inflação em seus negócios. Afinal, se os preços sobem, os consumidores tendem a comprar menos. De acordo coma Associação Brasileira de Supermercados (Abras) – um dos setores mais atingidos diretamente pela alta dos preços no varejo – as vendas de seus associados cresceram apenas 3,5% de janeiro a abril deste ano, bem menos do que os 8,3% dos mesmos meses em 2012. No mesmo período, em 2013, o IPCA acumulado ficou em 2,5%, acima dos 1,8% do primeiro quadrimestre de 2012. Alguns setores, como o de bebidas, vem acusando redução nas vendas neste início de 2013 e, em consequência, seus fornecedores de insumos (como a indústria petroquímica), também registram menos encomendas.

O IPCA de abril ficou acima da expectativa do mercado, de acordo com vários analistas ouvidos pela agência Reuters. Na média, as previsões apontavam um índice de 0,47%, similar ao de março. Um dos principais responsáveis pela alta foi o item Remédios, por contado reajuste do setor publicado no Diário Oficial da União em 4 de abril.O tomate,que ganhou popularidade nacional como “vilão da inflação” nos últimos meses, voltou a subir, acumulando uma alta de quase 150% nos últimos 12 meses.

Uma boa notícia veio do Índice de Preços ao Consumidor semanal (IPC-S), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), também divulgado ontem. A taxa da primeira semana de maio ficou em 0,45%, 0,07 ponto percentual a menos em relação à semana anterior. Foi a quarta queda semanal consecutiva. É possível também ver um sinal positivo no IPCA: o setor de alimentos, que tem forte na inflação, apresentou um movimento de desaceleração de seu ritmo de crescimento.



Veículo: Brasil Econômico


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