É cerveja, champanhe, espumante, energético e todo tipo de bebida; têm saído também muitos petiscos, produtos de padaria, comidinha pronta, e muito churrasco. “Essa Copa do Mundo é a cara do brasileiro”, conta a diretora de marketing do Grupo Super Nosso, a advogada Rafaela Nejm, 25, uma das herdeiras da 18ª maior companhia do Brasil no setor supermercadista, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Com tanto consumo assim, a Copa está sendo excelente para o Super Nosso, e, de acordo com Rafaela, já resultou em um crescimento de 15% a 20% nas vendas em relação à venda normal de petiscos e bebidas. Além do sucesso do Mundial, Rafaela conta que o grupo se prepara para chegar a R$ 2 bilhões no faturamento da empresa, que tem 6.500 funcionários.
Na estratégia de vendas para a Copa, o Super Nosso contratou um recepcionista bilíngue em todas as lojas para receber bem o estrangeiro no Mundial. Rafaela conta que o trabalho envolveu promoções e exposição mais forte dos produtos mineiros e produtos importados. “Queríamos que os turistas se sentissem em casa e vissem os produtos típicos dos países deles também”, explica.
Lojas. Para Rafaela, o grupo – com 16 lojas da bandeira Super Nosso, focada nas classes AB, 11 lojas do Apoio Mineiro, e as distribuidoras Decminas e Daminas – ainda tem muitas oportunidades na região metropolitana de Belo Horizonte. “Mas, possivelmente, o interior de Minas Gerais pode receber lojas novas do grupo”, afirma.
Mas, antes de colocar esse plano de expansão em ação, Rafaela diz que o momento é de “arrumar a casa” com investimentos em uma central industrial, além da melhoria da infraestrutura de distribuição. “Isso nos permitirá acelerar a abertura de lojas a partir de 2015. O objetivo é abrir ao menos cinco lojas por ano”.
Neste segundo semestre, o foco é na inauguração da central industrial, de frios, carnes e padaria, em Contagem, com aportes de R$ 25 milhões. “Os frios, por exemplo, que são fatiados hoje na própria loja, e duram em torno de 3 a 6 dias, passarão a ter de 20 a 40 dias de durabilidade”, diz Rafaela. Além disso, haverá a redução de custos com mão de obra e perdas. Inicialmente, a capacidade de produção da central industrial será de 12 toneladas/mês, mas o plano é chegar a 25 toneladas/mês em um ano. “Isso vai permitir abrir lojas menores e melhorar a margem de ganho do negócio. A previsão é ampliar a rentabilidade em 5%”, calcula a executiva.
Filha do presidente do grupo, Euler Nejm, Rafaela conta que o crescimento da companhia está acima da média das empresas do setor. E por que isso acontece? “É um trabalho bem planejado, estratégia benfeita. É empenho mesmo, todo mundo trabalha demais, e tem a força da marca, que a gente não constrói de um dia para o outro”, conclui Rafaela.
Novos espaços
Lojas. Em janeiro, entrou em operação o Super Nosso no bairro Santa Tereza, em BH. Em março, foram abertos outro no shopping Contagem, e um Apoio Mineiro em Sete Lagoas, na Grande BH.
Veículo: Site O Tempo