Empresário participa de fórum com primeiro-ministro do Japão

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Reforçar laços econômicos do Brasil com o Japão. Esse foi o tema do Fórum Econômico Brasil-Japão, evento organizado pela Jetro (Japan External Trade Organization), agência de comércio exterior do Japão e pelo jornal Valor Econômico, que reuniu no sábado (02/08), em São Paulo, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e cerca de 300 empresários japoneses e brasileiros, entre eles o presidente da ABRAS, Fernando Yamada.

Além do primeiro-ministro Shinzo Abe e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin que discursaram na abertura, o Fórum contou com apresentações de presidentes e CEOs de 19 empresas japonesas como Toyota, Mitsui, Mitsubishi, Nippon Steel, Sumitomo Metal e NE Corporation, entre outras. O premiê japonês resumiu seus objetivos no Brasil com três frases ditas por ele em português: progredir juntos, liderar juntos e inspirar juntos. "Quando digo progredir juntos é no sentido de estruturar os laços que unem Brasil e Japão há centenas de anos", afirmou Abe.

Entre os palestrantes brasileiros estavam o presidente da Vale, Murilo Ferreira; o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, o presidente do conselho de administração da BRF Luís Fernando Furlan; o chefe do escritório do BNDES, em São Paulo, Guilherme Franco Montoro e o presidente da ABRAS e vice-presidente do Grupo Y.Yamada, Fernando Yamada.

O presidente da ABRAS teve participação de destaque na sessão "Expectativas para o Brasil e para o Japão", onde apresentou dados do setor supermercadista, mostrando que as empresas do setor vêm obtendo resultados favoráveis na última década, mas que tal desempenho está diretamente relacionado ao momento econômico e político vivido pelo País. "Desde o início da década de 90, a renda do trabalhador brasileiro cresce continuamente, ao mesmo tempo que se diminuem as desigualdades sociais, o que se traduziu em bons resultados para o setor e para economia brasileira como um todo", destacou Yamada. Para os empresários japoneses, mostrou que a participação dos produtos importados nas prateleiras de supermercados no Brasil foi de apenas 2,8% do faturamento do setor em 2013, ou seja, um potencial espaço para o desenvolvimento de novos relacionamentos comerciais.

Yamada mostrou, no entanto, que para o País entrar em ritmo de crescimento sustentável é preciso tratar aspectos cruciais como infraestrutura e reforma tributária, além de controlar a inflação em níveis mais próximos ao centro da meta do Copom, já que nos últimos anos o IPCA esteve sempre muito próximo ao teto da meta. Mas nos supermercados, especificamente, desde 2011, na inflação medida pelo Abrasmercado (cesta dos principais produtos vendidos nas lojas brasileiras) os preços têm ficado abaixo do IPCA, mostrando o esforço do setor no controle de preços.


Veículo: Universidade Martins do Varejo


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