CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO
As perdas nos supermercados brasileiros chegaram a R$ 5,3 bilhões em 2013.
O valor representa 2,52% do faturamento líquido anual do setor, R$ 272,2 bilhões, considerando o ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Em 2012, as perdas representavam 1,95% do faturamento então computado.
Os dados constam de pesquisa do Provar (Programa de Administração de Varejo) da FIA (Fundação Instituto de Administração) para a Abras.
As perdas acontecem sempre que um produto registrado no estoque do supermercado deixa de ser faturado por fatores como roubo, quebra ou extravio de mercadorias, além de erros administrativos e problemas com fornecedores.
As maiores perdas constatadas pelo levantamento estão nas seções de frutas, legumes e verduras; peixaria; padaria/confeitaria e têxtil.
Por porte, são os supermercados de até 300 metros quadrados os que têm maior perda, 3,54%. As menores são nos atacarejos (venda no varejo pelo preço de atacado), 1,91%. Por região, o Norte tem o maior índice de perdas. O menor está no Sul do país.
Seis em cada dez empresas consultadas informaram na pesquisa ter área de prevenção de perdas. Em 2012, esse percentual foi menor: 28%.
Segundo o presidente da Abras, Fernando Yamada, o setor vem aprimorando, ano a ano, as formas de apurar as perdas com a criação e desenvolvimento de áreas de gestão de perdas, com profissionais capacitados. "Cada centavo economizado no item perdas vai direto para a coluna de lucratividade da empresa supermercadista", disse.
No ano passado, 74% dos estabelecimentos investiram em treinamentos em prevenção de perdas. Em 2012, essa medida foi adotada por 32% dos consultados.
Veículo: Folha de S.Paulo