O setor de supermercados figura entre os que mais crescem no país, com uma expansão de 5,36% em 2013 e uma perspectiva de incremento em torno de 2% neste ano, de acordo com a associação brasileira de supermercados (abras). Esse cenário fértil, aliado a uma maior renda da população e à diversificação da cesta de produtos, resultou no crescimento do número de empreendimentos para atender à nova demanda.
Mas, além de produtos de qualidade, de marca e de itens antes considerados supérfluos, o consumidor quer levar para casa a experiência agradável de fazer compras em supermercados. Para suprir essa necessidade do cliente, diversas empresas do setor estão mais atentas à modernização das lojas.
Investir mais em automação comercial passou a ser uma questão de sobrevivência no mercado. Além de facilitar a vida dos clientes, as novas tecnologias garantem aos varejistas uma melhor gestão. As inovações vêm para dar continuidade a um processo iniciado com a implantação do código de barras no brasil, há cerca de 30 anos.
Tendências
Nesse contexto, inovações como as etiquetas eletrônicas rfid (radio frequency identification), método de identificação automática por meio de sinais de rádio) - padrão epc (eletronic product code) -, ganham espaço, oferecendo ganhos tanto para quem compra, quanto para quem vende.
"a implementação dessa tecnologia promete benefícios importantes para o consumidor e para empresas, reduzindo a ruptura de estoque e prover melhor seleção de produtos. É a próxima geração do código de barras, mas, diferentemente do código de barras, que precisa de visada direta para ser lido, uma tag epc usa ondas de rádio para ler a informação de forma mais rápida e eficiente", destaca patricia botelho amaral, assessora de soluções de negócios da associação brasileira de automação (gs1 brasil).
Disseminação
Embora ainda não sejam amplamente disseminadas no brasil - principalmente pelo alto custo que ainda possuem -, as etiquetas eletrônicas já atendem a muitos anseios do novo consumidor e prometem deixar a experiência de compra ainda mais interativa, tornando possível ao cliente, com o uso de um celular, obter uma quantidade maior de informações sobre um produto.
O prazer na hora da compra e a sensação de bem-estar do cliente, que faz com que ele volte mais vezes àquela loja e crie uma memória positiva sobre o empreendimento, também passam por sistemas que ajudam na hora de escolher um produto, verificar a validade dele, por exemplo, ou de finalizar a compra. O novo consumidor não quer mais perder tempo em filas, esperar muito para ser atendido, assim como os empresários não desejam frustrar uma compra que era certa.
O novo consumidor também quer muito mais de lojas e produtos, ele quer interatividade, agilidade e um número de informações cada vez maior sobre cada item que deseja adquirir - composição, receitas etc. - e sobre formas de pagar, comprar de forma mais prática. E é também para isso que os empresários começam a se preparar, para tornarem o "supermercado do futuro" um local ainda melhor para os clientes.
No ceará, iniciativas nesse sentido já são adotadas e o pioneirismo do estado é evidente em algumas áreas, um indicativo de que os empresários locais se preocupam cada vez mais em atender bem o novo consumidor, mas exigente, e em inovar para garantir um diferencial competitivo frente a uma concorrência acirrada. "estamos atualizados e participando constantemente de feiras e eventos a fim de conhecer o que há de novo. Algumas tecnologias usadas aqui não deixam a dever em nada para o resto do país e do mundo", garante o presidente da associação cearense de supermercados (acesu), gerardo vieira albuquerque.
Veículo: Diário do Nordeste