Na comparação com dezembro as vendas diminuíram 20,48% em valor deflacionado e 19,5% em valor nominal
Os supermercados venderam 3,42% a mais em janeiro do que em igual período do ano passado, já descontada a inflação calculada com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem considerar o efeito da inflação, houve alta de 10,81%.
Na comparação com dezembro as vendas diminuíram 20,48% em valor deflacionado e 19,5% em valor nominal. Os dados foram divulgados hoje (25), pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O resultado nas vendas foi classificado como “bom” pelo presidente do Conselho Consultivo da Abras, Sussumu Honda. Ele disse, em nota, que há um clima de apreensão no setor sobre o desempenho para os próximos meses.
“O nosso setor segue com muita expectativa e certa preocupação com os acontecimentos econômicos em curso. Ainda não foram divulgados os dados de emprego em janeiro, por exemplo, que é sempre um bom indicador para nossas vendas, mas pelo que pudemos observar na resposta dos supermercadistas, se houve uma queda ou diminuição no ritmo de emprego por conta do momento econômico do País ele ainda não foi tão significativo”.
De acordo com o levantamento encomendado pela Abras à empresa GfK, a cesta dos 35 produtos mais consumidos pela população tiveram alta de preços, em média, de 1,04% sobre dezembro. O valor pago foi R$ 385,06. Nos últimos 12 meses, a cesta ficou 5,64% mais cara.
Entre os itens que mais subiram estão a batata (33,21%), o feijão (14,91%), a cebola (11,07%) e o tomate (9,17%). Os que mais tiveram queda de preço foram: o queijo prato (-5,62%), a farinha de mandioca (-4,82%), o leite longa vida (-4,71%) e a carne dianteiro (-2,64%).
Por região, o Centro-Oeste teve o maior reajuste (4,6%), com o valor de R$ 370,45. Na outra ponta aparece o Nordeste, com recuo de 0,77%, ao preço de R$ 330,92. No Sul, a variação da cesta ficou 1,13% mais cara, somando R$ 421,38; no Norte, o preço caiu 0,71%, passando para R$ 421,73 e no Sudeste houve correção de 1,18%, com valor de R$ 372,93.
As mais de 84 mil lojas filiadas a Abras faturaram, em 2013, R$ 272,2 bilhões, o equivalente a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas geradas no país.
Veículo: Site Jornal O Tempo - MG (25/02)