*Wagner Hilário
Em reunião, em Brasília, com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, deputados da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (Frente CSE), representantes de empresas e das entidades que formam a União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (Unecs) conversaram sobre as propostas do governo federal para reconduzir o País ao rumo do crescimento.
Ajuste fiscal, reforma previdenciária, trabalhista e tributária foram as principais pautas do encontro, que consistiu na apresentação do plano de ação do governo, por parte dos ministros, seguida de questionamento dos deputados e empresários ligados aos segmentos de comércio e serviços.
O evento foi marcado por um clima de otimismo e esperança em relação ao futuro econômico do País, mas ninguém ignorava que a grandeza dos esforços e das dificuldades para mudar o cenário. Meirelles destacou que, depois de seis anos, o índice de confiança dos empresários brasileiros deixou de cair e passou a crescer. "O mercado percebe que fizemos o diagnóstico certo e estamos tomando as medidas adequadas", afirmou Meirelles.
Entre as medidas, o ministro destacou a transparência do governo em relação às contas públicas e, depois, o empenho para fazer os ajustes, de forma paulatina e integrada com outros entes públicos, como os estados e, principalmente, o Congresso.
O presidente da Abras e coordenador da Unecs, Fernando Yamada, não escondeu o entusiasmo com a nova equipe econômica. "Nunca tivemos uma equipe tão eficiente e capaz", disse. Porém, salientou a necessidade de se fazer os cortes e os ajustes, mas, também, cuidar para que isso não traga prejuízo à atividade econômica. "O governo deve considerar questões como a renegociação de dívidas de empresas e centrar esforços na simplificação tributária."
O mediador do encontro, deputado pelo PSDB do Rio Grande do Norte, Rogério Marinho, destacou que os setores de comércio e serviço sofrem bastante com a recessão, mas estão lutando para superar o momento. "Estamos convencidos de que o País, agora, segue no rumo certo, que as medidas serão duras, mas trarão recompensa."
Fonte: Acaps