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Com o tema "Brasil, um mar de oportunidades", Padilha reafirmou os fortes atributos do Brasil para vencer a crise. "A esperança vem se convertendo em confiança, com ordem e progresso", disse. Ele explicou a dinâmica do governo de Michel Temer para mudar "uma situação calamitosa: déficit de R$ 170,5 BI, inflação de 2 dígitos e 11 milhões de brasileiros desempregados".
A estratégia do governo interino é trabalhar para realizar fortes mudanças, a partir de sua "equipe econômica dos sonhos", comandada pelo ministro Meirelles. "Precisamos fazer o que é necessário. Os congressistas têm de ter a concepção de que é hora de fazer as mudanças necessárias. Às vezes, o necessário vai um pouco além do possível", disse Padilha.
Entre as soluções que o Plano de Governo propõe hoje estão as tão faladas reformas estruturais. Para Padilha, porém, a reforma mais urgente é a da Previdência, que vem apresentando déficits sucessivos de R$ 89 bi, em 2015, e R$ 149 bi, em 2016, com previsão de R$ 180 bi para 2017. Se a reforma não for realizada de imediata, o ministro prevê que entre 2020 e 2025, o Estado não terá mais como pagar os aposentados.
"Nós envelhecemos, sem enriquecer. Com uma expectativa média de vida de 80 anos, dos brasileiros, a reforma da Previdência é fundamental", disse, acrescentando que a reforma que o governo planeja não alterará os direitos adquiridos pelos trabalhadores. "Ninguém com direito adquirido irá perder. Mas precisamos tomar uma atitude agora (para o sistema não falir). Vamos mudar, para preservar (a Previdência)", disse.
Outra reforma que o ministro destacou na sua exposição foi a trabalhista. Neste aspecto, o governo buscará priorizar, segundo o ministro, duas ações: 1) priorizar os acordos coletivos, evitando a judicialização; 2) estimular a criação de empregos, permitindo a especialização, terceirização.
"Temos de ser mais competitivos, para atrair novos investimentos", disse Padilha.
O ministro também pontuou a necessidade de mais ajustes, com a reforma fiscal, com o estancamento de despesas do governo e fim da guerra do ICMS; e a reforma política, com a proibição das coligações nas eleições proporcionais e inserção da cláusula de desempenho, que restringe o funcionamento parlamentar a partidos que não alcançarem determinado percentual de votos. "Com essas duas regras, nós passaríamos a ter de oito a doze partidos no Brasil, e não 35", observou o ministro.
Além disso, Padilha destacou um Plano de Governo Virtual, que prevê: Compartilhamento de dados obrigatório (entre todos os órgãos de governo); Serviços Públicos Eletrônicos; e Registro Civil Nacional; e também ações para ampliar as parcerias público-privadas. "Vamos fazer parcerias para ampliar o saneamento urbano no País e resolver de vez a questão do lixo/resíduos sólidos", disse, entre outros projetos em áreas como energia, transporte/mobilidade, etc.
Participaram do painel os presidentes da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), além do presidente Fernando Yamada, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS); o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro; Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahoun; Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci; Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro Alves; Associação Nacional de Material de Construção (Anamaco), Cláudio Conz; e Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), José do Egito Frota.
Mais informações na próxima edição da Revista SuperHiper.
Redação Portal ABRAS, de Brasília-DF