Atibaia (SP) - As vendas dos supermercados brasileiros aumentaram 4,66% em termos reais em setembro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com agosto deste ano, houve queda real de 1,17%. No acumulado dos nove meses de 2016, as vendas do setor aumentaram 1,21% em termos reais ante os mesmos meses de 2015. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em termos nominais, a alta nas vendas em setembro foi de 13,53% na comparação com o mesmo mês de 2015. Já o resultado acumulado de nove meses é de crescimento de 10,69% ante o mesmo período do ano anterior. As redes de supermercados do Brasil esperam aumento das vendas de Natal e Réveillon neste ano, de acordo com pesquisa da Abras. A entidade projeta crescimento de 0,67% nas vendas reais desse período na comparação com o mesmo período do ano passado.
A Abras espera que as vendas sejam puxadas por itens como cervejas e refrigerantes. A perspectiva também é positiva para itens importados, uma vez que o patamar de câmbio atual é de maior apreciação do real do que na comparação com o final de 2015, comentou o Superintendente da Abras, Marcio Milan, durante a convenção do setor realizada em Atibaia, em São Paulo.
Apesar da expectativa de alta nas vendas, a contratação de mão de obra temporária deve ser pequena este ano, segundo a Abras. Pesquisa da entidade identificou que apenas 25% dos supermercadistas associados estimam a necessidade de contratação de temporários ante um porcentual de 27% em 2015, sendo que a contratação no ano passado já foi considerada baixa pela entidade. Segundo a estimativa, a contratação deve chegar a 26,4 mil funcionários temporários este ano.
"Desde o final do primeiro semestre, o nosso índice tem mostrado uma recuperação nas vendas em relação ao ano passado. O resultado de setembro foi até um pouco além do que esperávamos e, com isso, já estamos prevendo um resultado melhor de nossas vendas para os próximos meses em relação ao que prevíamos inicialmente. Com isso, a nossa expectativa é de que o fechamento do ano registre algo em torno de 1%", disse, em nota, o presidente da Abras, Fernando Yamada.
Preços - No mês de setembro, uma cesta de produtos elaborada pela Abras, em pesquisa da Gfk e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da associação, registrou alta de 16,51% em setembro deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, passando de R$ 415,25 para R$ 483,80. Na comparação entre agosto e setembro deste ano, a cesta registrou queda de 0,46%, passando de R$ 486,04 para R$ 483,80. A cesta analisada é composta pelos 35 produtos mais consumidos nos supermercados, entre alimentos (incluindo cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica.
As maiores altas de preço no mês de setembro, registradas pela Abras, foram em produtos como: farinha de trigo, leite em pó integral, tomate e desinfetante. Já as maiores quedas foram nos itens: batata, leite longa vida, cebola e margarina cremosa. Em setembro, a região Norte foi a que apresentou maior alta nos preços da cesta (0,53%), chegando a R$ 534,03. Em seguida, a região Nordeste registrou aumento de 0,51%, atingindo R$ 427,75. A maior queda foi registrada na região Centro-Oeste (-2,09%), que custou em setembro R$ 454,97, seguida pela região Sul (-0,79%), custando R$ 524,01, e região Sudeste (-0,49%), custando R$ 469,34. (AE/FP)
Fonte: Diário do Comércio de Minas