São Paulo - As vendas dos supermercados brasileiros subiram 0,71% em termos reais em outubro deste ano na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com setembro deste ano, houve alta real de 4,78%. No acumulado de dez meses de 2016, as vendas do setor aumentaram 1,16% em termos reais ante os mesmos meses de 2015. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em termos nominais, a alta nas vendas em outubro foi de 8,65% na comparação com o mesmo mês de 2015. Já o resultado acumulado de dez meses é de crescimento nominal de 10,47% ante o mesmo período do ano anterior.
Cesta básica - O preço da cesta de itens básicos nos supermercados brasileiros subiu 0,18% em outubro na comparação com setembro deste ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras. O preço total da cesta saiu de R$ 483,80 em setembro para R$ 484,67 em outubro. Já na comparação com outubro de 2015, o preço subiu 16,02%. Entre as maiores altas do mês passado estão itens como carne traseiro, cujo preço aumentou 5,72% ante o mês anterior, cerveja, aumento de 5,43%, e batata, com alta de 4,38%. Já as maiores quedas foram encabeçadas por leite longa vida, cujo preço recuou 11,05%, cebola, queda de 8,89%, e feijão, retração de 6,88%.
Para o gerente de relacionamento da GfK, Marco Aurélio, há uma tendência de desaceleração dessa alta de preços ainda este ano. O executivo avaliou que as cestas de produtos típicas de final de ano costumam ser mais caras do que a média de outros períodos, mas ainda assim há uma expectativa de que o indicador da alta de preços acumulada no ano se retraia.Leite e feijão, que chegaram a sofrer com queda na oferta em razão de questões climáticas que afetaram a produção, estão tendo queda de preços de volta a patamares anteriores ao choque, o que beneficia o preço da cesta de alimentos. (AE)
Fonte: Diário do Comércio de Minas