Carrefour Brasil precifica IPO no piso, movimenta R$5,1 bi

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São Paulo - O Carrefour Brasil precificou na terça-feira sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no piso da faixa de preço indicativa, mas a operação foi a maior no país em quatro anos.

Precificada a 15 reais por ação, na parte mais baixa do preço sugerido que ia até 19 reais, a operação movimentou 5,125 bilhões de reais, considerando os lotes primário (ações novas) e secundário (papéis detidos por atuais sócios).

 

Em termos financeiros, foi o maior IPO desde a estreia da BB Seguridade BBSE3.SA, braço de seguros e previdência do Banco do Brasil (BBAS3.SA), em abril de 2013, que somou 11,5 bilhões de reais.

As negociações das ações do Carrefour Brasil devem começar na B3 na quinta-feira (20), sob o código CRFB3.

 

Com 49,1 bilhões de reais de faturamento em 2016, o Carrefour Brasil é a maior rede supermercadista do país, à frente do GPA (PCAR4.SA), com 45 bilhões de reais, segundo ranking da entidade que representa o setor, Abras.

A precificação confirma o que antecipou a Reuters, citando fontes. A 15 reais por ação, o Carrefour Brasil, unidade do francês Carrefour (CARR.PA), será negociado com desconto em relação ao GPA em termos do múltiplo EV/Ebitda.

 

Segundo as fontes, os investidores relutaram em fazer ofertas maiores pelas ações de uma empresa que não tem vantagem competitiva substancial.

Apesar disso, o IPO deve ajudar o Carrefour a enfrentar o GPA, que tem recuperado o desempenho da divisão de alimentos.

 

O IPO conclui a primeira fase da aliança entre o Carrefour e Abilio Diniz, iniciada em 2014. Diniz, cuja família fundou o GPA, é o terceiro maior acionista do Carrefour e tem assento no conselho de administração.

A operação reforça a retomada das captações no mercado acionário brasileiro, após vários anos de fraca atividade, num cenário de baixa atividade econômica e inflação alta.

 

Antes do Carrefour Brasil, que levou o IPO sob a bandeira Atacadão, estrearam na bolsa paulista em 2017 a companhia aérea Azul AZUL4.SA, a locadora de veículos Movida MOVI3.SA e o laboratório médico Instituto Hermes Pardini PARD3.SA.

Na lista para também entrarem no pregão da B3 estão a empresa de tecnologia Tivit Terceirização de Processos, a operadora de planos de saúde Notre Dame, a resseguradora IRB Brasil, a geradora de energia Ômega e a Biotoscana Investments.

 

 

Fonte: Reuters

 

 


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