Setor de supermercados eleva previsão de alta das vendas em 2017 para 1,5%

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O setor de supermercados brasileiros prevê melhora nas vendas em 2017, elevando sua projeção de crescimento real (já descontada a inflação) para 1,5% este ano. Antes, a projeção prevista era de uma alta de 1,3%. A mudança se justifica pelas expectativas de queda de juros e da inflação, informou nesta quinta-feira (27) a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

 

A indústria de supermercados encerrou o primeiro semestre com alta de 0,95% nas vendas reais ante igual período do ano passado, de acordo com a associação.

 

Em junho, as vendas reais do setor no Brasil tiveram alta de 0,59% em relação a maio e de 2,71% em relação ao mesmo mês de 2016, disse a Abras.

 

O cenário reflete a melhora de alguns fatores econômicos, afirmou o presidente da Abras, João Sanzovo Neto. "O que a gente sente é que a queda na inflação, um pequeno crescimento das contratações, o dinheiro do FGTS fizeram com que esse resultado fosse positivo", afirmou.

 

A inflação brasileira está esfriando. No mês de junho, país chegou a registrar deflação, ou seja, queda nos preços da economia. A inflação fraca abriu o caminho para um redução nas taxas de juros do país. Na última quarta-feira, o Banco Central reduziu em um ponto percentual a taxa de juros, para 9,25%.

 

A perspectiva da Abras é de que a tendência de crescimento seja mantida no mês de julho, segundo Sanzovo Neto.

 

Incerteza política

 

No entanto, a apreensão em relação ao cenário político mantém os empresários cautelosos quanto ao desempenho do setor no ano. O índice de confiança dos supermercadistas caiu para 48,4% em junho, abaixo dos 50,5% registrados em abril.

 

Conforme o diretor de relacionamento da empresa de pesquisas de mercado GfK Brasil, Marco Aurélio Lima, encarregado do índice, o levantamento reflete o impacto das denúncias de Joesley Batista, do grupo JBS, contra o presidente Michel Temer e os temores sobre seus reflexos na economia.

 

"Nós tínhamos índices (de confiança) muito altos no início do ano, porque muitos empresários achavam que haveria uma grande melhora em 2017. E quando entrou a divulgação das gravações da JBS, isso os impactou", disse Lima.

 

Fonte: G1

 

 


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