Segmento supermercadista cresce 4,3% no Brasil em 2017

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O faturamento do setor supermercadista no País avançou 4,3% em 2017, alcançando R$ 353,2 bilhões, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em parceria com a consultoria Nielsen, divulgada ontem. No ano anterior, o crescimento foi de 0,8%.

 

"Foi um ano difícil, com recessão, crise econômica, desemprego e perda de renda, mas conseguimos registrar a criação de 20 mil novos empregos, crescimento de 0,4%. Também houve crescimento em faturamento, vendas. São números positivos, o setor representa 5,4% do PIB brasileiro. Tivemos deflação dos alimentos, mas já há aumento em volume de vendas. A previsão é de crescimento de 3% em 2018", disse João Sanzovo Neto, presidente da Abras, acrescentando que as vendas tiveram alta de 2,7% em janeiro, se mantendo estáveis em fevereiro.

 

No ranking das maiores companhias de supermercados do País, as cinco top se mantiveram em suas posições: Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Cencosud e Irmãos Muffato & Cia. A maior rede associativa de supermercados do Brasil é a carioca Supermarket. Outros grupos do Rio têm porte para entrar no ranking, mas não integram a lista por não participarem do processo de classificação.

 

Um sinal positivo para 2018 é que o Índice de Confiança do Supermercadista vem crescendo, tendo chegado a 55,7 pontos em fevereiro, ante 51,7 em agosto de 2017 e 48,4 em junho do ano passado. A pesquisa mostra ainda que dois terços dos empresários (63%) esperam melhora do ambiente de negócios nos próximos seis meses. Em dezembro último, estava em 60%.

 

"A expetativa dos empresários é um forte indicador da melhora da economia, de que os investimentos voltarão. Isso representa melhora no emprego, em geração de renda, também puxado pela melhora nas condições da economia em geral, com queda da taxa de juros e da inflação", diz Sanzovo Neto.

 

No Rio de Janeiro, contudo, o cenário ainda não é de recuperação como na média do mercado nacional. O estado bateu R$ 38,8 bilhões em faturamento em 2017, com 182,9 mil empregos estáveis, apesar do ano difícil. Em vendas, o resultado foi de recuo de 1% na comparação com o ano anterior. A previsão para este ano é fechar com estabilidade.

 

Alto consumo deve subir acima do IPCA

 

Os preços no supermercado de produtos de alto consumo tendem a subir acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2018, conforme a previsão da GfK feita durante a Convenção Nacional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Itens como leite e feijão devem puxar as altas, segundo previu o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima.

 

O ano passado foi marcado por uma queda de 7,1% nos preços nos supermercados brasileiros. O indicador leva em conta uma cesta com 35 produtos entre os mais consumidos. Para Lima, há uma tendência de que os alimentos tenham uma alta este ano num esforço de recuperação de margens dos produtores.

 

Apesar de esperar elevação de preços, o diretor da GfK não vê um impacto negativo desse efeito no volume de vendas dos supermercados. Para ele, os aumentos de preço mais significativos devem vir de itens de alta necessidade, cuja demanda varia pouco. Além do leite e do feijão, as carnes tendem a sofrer alta, comentou.

 

Fonte: Jornal do Comércio - Porto Alegre

 


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