O pré-candidato à presidência da República e dono da Riachuelo, Flavio Rocha, que se define como um “Ronald Reagan do século 21”, já começa a desenhar suas primeiras propostas para o País caso seja eleito na corrida eleitoral de outubro. O executivo já vem discutindo com alguns partidos para definir sua filiação, mas ainda não possui uma legenda definida.
Uma de suas prioridades, afirmou em entrevista a jornalistas durante a convenção anual da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), seria a segurança pública, com a discussão de “temas espinhosos”, como a redução da maioridade penal e o fim do regime semi-aberto. “O semi-aberto é um absurdo. Vou acabar com isso”, afirmou.
O empresário, que já foi deputado federal por dois mandatos em meados dos anos 1980, disse também que pretende acabar com a estabilidade do servidor público. “Um professor estável é um desserviço. A estabilidade é a negação da meritocracia”, criticou.
No âmbito econômico, Rocha defende a adoção de medidas de cunho liberal, como um amplo projeto de privatizações, que poderiam começar pela Petrobras e pelos Correios. Além disso, o executivo afirma que deve adotar uma agenda que dê continuidade às políticas do atual governo do presidente Michel Temer (MDB). “O ponte para o futuro é o melhor programa de governo que já tivemos e precisa ser a base para um novo plano econômico”, disse.
A decisão da candidatura do empresário se deu, segundo ele, por uma carência de candidatos que fossem, em suas palavras, liberais na economia e conservadores nos costumes. Rocha define, por exemplo, o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) como uma versão brasileira da Marine Le Pen. “Ele é conservador nos costumes, mas não é um liberal”, diz.
Para ele, o Brasil precisa de uma figura que se assemelhe ao ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, ou a ex-primeira ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher. “A demanda que existe é por um Reagan ou uma Thatcher do século 21, trazidos à realidade brasileira.” O presidente da varejista de moda Riachuelo é também um dos fundadores do Brasil 200, movimento formado por um grupo de importantes empresários brasileiros.
Fonte: DCI