As vendas de supermercados no Brasil cresceram 12,12% em março em termos reais na comparação com igual mês de 2017, afirmou na última segunda-feira (30) a associação que representa o setor, a ABRAS.
Na comparação com fevereiro, o setor de supermercados vendeu 17,2% mais em base deflacionada em março, que contou com três dias a mais que o mês anterior. “O bom resultado apresentado em março foi decorrente das vendas do período de Páscoa, segunda data mais importante para o setor”, afirmou o presidente da entidade, João Sanzovo Neto, em nota.
No acumulado do primeiro trimestre, as vendas do setor aumentaram em 2,28% sobre os três primeiros meses de 2017, disse a associação, destacando que o resultado acumulado foi o maior para o período desde 2013.
Ainda segundo o levantamento, todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços mensalmente, sendo o Nordeste a que teve maior variação negativa (-1,32%), seguida pelo Sul (-1,29%), Sudeste (-0,93%), Norte (-0,61%) e Centro-Oeste (-0,41%).
A pesquisa da Abras ainda apontou que farinha de mandioca, leite longa vida, ovo e mussarela foram os produtos da cesta de compras dos consumidores com maior elevação de preço em março, enquanto tomate, feijão, batata e cebola registraram as maiores quedas. Em valores nominais, as vendas de supermercados em março aumentaram 15,1% ano a ano e 17,3% sobre fevereiro. No primeiro trimestre, o crescimento nominal foi de 5,7%.
Apesar do efeito calendário de Páscoa (em 2017 a data caiu na segunda quinzena de abril), o presidente da Abras avalia que o resultado do primeiro trimestre pode ser visto como sinal de recuperação do setor. “Nos mostra que, mesmo lentamente, as pessoas estão voltando a consumir”, disse Sanzovo.
Os dados foram divulgados alguns dias depois que as principais companhias supermercadistas do país, GPA e Carrefour Brasil, divulgaram crescimentos de 7,6% e 6% na receita bruta do primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, apesar do contínuo peso da deflação dos alimentos sobre suas operações no país.
Fonte: Brasil Forbes (UOL)