O setor de supermercados amazonense registou alta de aproximadamente 2% nos primeiros quatro meses de 2018. O dado foi divulgado pela Associação Amazonense de Supermercados (Amase). O crescimento acompanhou o cenário nacional com alta de 2,28%, maior resultado acumulado no período desde 2013, segundo Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
“Observamos que estamos acompanhando o Brasil como um todo, sempre no mesmo patamar. Não temos dados fechados, mas acreditamos que o crescimento foi de 2%”, apontou o superintendente da Amase, Alexandre Zuqui.
Ele apontou que o crescimento nas vendas se deve principalmente ao período da Páscoa. “Grandes redes e pequenos comerciantes, o crescimento atingiu a todos neste período por conta da páscoa, que tem uma sazonalidade forte”, apontou Zuqui. Mas a melhora nas vendas foi sentida pelos empresários.
“Os meses de março e abril não foram tão bons quanto esperado, mas não teve queda e conseguimos crescer um pouco em relação ao ano passado, não tem como reclamar”, disse a empresária Jackeline da Silva Oliveira, da rede Casa da Carne.
Para a empresária, o alto imposto cobrado em cima dos alimentos pode ser um dos fatores que faz o setor não alavancar o crescimento. “Acho que imposto em cima da alimentação da cesta básica pode atrapalhar. Tem também a questão do acesso à capital (por meio da bacia amazônica), alguns itens ficam mais caros, poderíamos ter outras portas”, observou.
Oliveira avalia que o setor tem conseguido passar bem pelo 'apertar de cintos' que têm se tornado a vida do brasileiro. “O comércio em si é mais difícil de ser afetado por esta crise, porque todo mundo tem que comer. A gente sente, mas é mais difícil. Vemos loja de eletrodomésticos fecharem. Já mercadinhos, se contar de 10 lojas, um ou outro fecha”, analisou.
'Primeiro Natal'
Uma alta maior que o acumulado nos primeiros quatro meses é esperada pela categoria. “Dia das mães é conhecido como o primeiro Natal do ano. Esperamos um crescimento superior a 2%. Sempre tem algo diferente no almoço das mães, as pessoas investem mais”, apontou o superintendente da Amase, Alexandre Zuqui.
Crescimento Nacional
Em março, as vendas do setor de mercado em valores reais, cresceram 17,23% na comparação com o mês de fevereiro. A alta foi de 12,12% em relação ao mesmo mês do ano de 2017, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS.
De acordo com a Abrasmercado todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços dos 35 produtos mais consumidos nos supermercados, como alimentos (incluindo cerveja e refrigerante) produtos de higiene, beleza e limpeza doméstica. A análise foi feita no mês de março. A maior variação negativa foi registrada na região Nordeste 1,29%, seguido da região Norte com 0,61% e Sudeste com 0,93%. Os dados foram levantados pela Abrasmercado.
Fonte: G1 - Amazonas