O primeiro trimestre do ano foi positivo para o setor supermercadista, que registrou crescimento de 2,28%, maior resultado acumulado no período desde 2013, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional, divulgado na quarta-feira, dia 2.
Em março, as vendas do setor em valores reais – deflacionadas pelo IPCA/IBGE, cresceram 17,23% na comparação com o mês de fevereiro, e 12,12% em relação ao mesmo mês do ano de 2017.
Em valores nominais, as vendas do setor registraram crescimento de 17,34% em relação ao mês de fevereiro e, quando comparadas a março do ano passado, apresentaram alta de 15,11%. No acumulado do ano, o crescimento chegou a 5,67%.
“O bom resultado apresentado em março foi decorrente das vendas do período de Páscoa, segunda data mais importante para o setor. Em 2017, a data caiu na segunda quinzena de abril, o que fez com que parte das vendas ficasse naquele mês. Ainda que beneficiadas pelo efeito calendário, além da Páscoa, março contou, também, com três dias a mais que fevereiro”, afirma o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto.
Em relação ao acumulado do primeiro trimestre (janeiro a março), que registrou crescimento de 2,28% nas vendas, o presidente destaca que, embora seja impactado pela sazonalidade da Páscoa, o resultado pode ser visto como um sinal de recuperação para o setor. “Nos mostra que mesmo lentamente, as pessoas estão voltando a consumir”, ressalta Sanzovo.
Abrasmercado
O preço da cesta de produtos *Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou queda de -0,92% em março, passando de R$ 442,88 para R$ 438,83.
Os produtos com maiores altas de preço em março foram: farinha de mandioca, leite longa vida, ovo, queijo mussarela. As maiores quedas nos preços foram registradas nos itens: tomate, feijão, batata e cebola. Confira a tabela abaixo:
Regiões (Abrasmercado)
Em março, todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços. A maior variação negativa foi registrada na Região Nordeste (-1,32%), que chegou a R$ 394,21, impulsionada, principalmente, por João Pessoa (-5,80%) e Salvador (-2,99%).
Fonte: Universidade Martins do Varejo