Os supermercados tiveram alta de 4,71% nas vendas em maio em relação ao mesmo mês de 2017, em termos reais, informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado de janeiro a maio, a expansão foi de 1,92%, também deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, na comparação com abril, as vendas tiveram crescimento real de 3,46%.
Em valores nominais, as vendas dos supermercados registraram aumento de 3,87% em relação a abril e, quando comparadas a maio do ano passado, a expansão foi de 7,96%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,23%, também termos nominais.
Segundo João Sanzovo Neto, presidente Abras, o resultado acumulado dos supermercados em maio mostra uma estabilidade do setor. "As vendas de maio não foram impactadas pela paralisação, que se concentrou mais no final do mês, e, como os supermercados trabalham com estoques em torno de dez a 15 dias, algumas redes mantiveram o abastecimento normal, e os reflexos da paralisação se concentraram mais em junho".
Mesmo com o início da paralisação no fim de maio, alguns produtos que possuem estoques menores, como os hortifrútis, que registraram elevação nos preços. O indicador Abrasmercado mostrou que o preço da cebola aumentou 40,13% e o da batata 18,67% em relação ao mês anterior. Por outro lado, foram notadas quedas em refrigerante pet (4,48%), sabonete (3,79%) e farinha de mandioca (2,29%).
Fonte: Valor Econômico