A greve dos caminhoneiros, as incertezas políticas, as revisões e projeção do PIB formaram um ambiente de alto pessimismo entre os empresários do varejo alimentar. No Estado de São Paulo o otimismo com as vendas e intenção de contratação de funcionários chegou a 0% em junho.
Os dados fazem parte da Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo (PCS) feita pela Associação Paulista de Supermercados (APAS). De acordo com o levantamento, os desdobramentos da greve, com a possível criação de um tabelamento para o frete, fez a confiança geral do setor despencar 16 pontos percentuais, chegando a 22%. Na outra ponta, o pessimismo subiu de 17% para 26% de um mês para o outro.
Quando o assunto é otimismo com as vendas e intenção e contratação de mão de obra o indicador chegou a 0%. "O resultado desta pesquisa, além de alarmante, demonstra como foi dura, no curto prazo, a greve dos caminhoneiros para o setor que vinha tendo um ano relativamente bom", diz o economista da APAS, Thiago Berka.
Alento
Apesar do pessimismo do empresário de São Paulo, a pesquisa mensal da Associação brasileira de Supermercados (Abras) apontou que as vendas cresceram 4,7% em maio, sobre um ano antes. O motivo da alta foi, justamente, a paralisação dos caminhoneiros, que impulsionou o consumo dentro dos mercados para "estoque" do consumidor. Além disso, o menor volume de hortifruti elevou o preço da mercadoria, o que também contribuiu para este aumento. A cebola, por exemplo, apresentou variação de 40,1% no mês analisado pela entidade.
Fonte: DCI