Trader Joe’s descarta entrada no e-commerce

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Para rede supermercadista, experiência de estar dentro das paredes de uma loja é o que faz a marca ser o que é para seus clientes

 

Por Renato Muller

 

Quando todo o varejo caminha em uma direção, sempre é possível encontrar um “rebelde” que se recusa a seguir a onda. Mesmo quando a onda se transforma em um tsunami que movimenta US$ 8 bilhões ao ano depois de uma pandemia. É o que acontece na relação da rede de supermercados Trader Joe’s com o e-commerce.

 

Talvez seja melhor dizer “a não-relação da Trader Joe’s com o e-commerce”, uma vez que a marca afirmou com todas as letras que a abertura de uma operação digital não está em sua estratégia de negócios. No podcast Insider Trader Joe’s, a empresa afirmou que ser uma empresa do varejo físico faz parte de sua identidade e que é o único caminho que faz sentido financeiro para o negócio. Por isso, não existe intenção em começar a vender online – nem agora, nem no futuro.

 

“Amamos ser um lugar real para os clientes, porque somos muito bons nisso e porque sabemos como fazer isso”, comentou Matt Sloan, executivo de marketing da rede e um dos apresentadores do podcast. “A operação online traria uma distração estratégica e novos custos que no fim das contas seriam repassados para os clientes”, acrescenta.

 

Outra razão apontada para evitar a tentação do varejo online é o foco da empresa em entregar uma experiência incrível dentro das lojas físicas, seja por meio das embalagens dos produtos, pelo atendimento ao cliente ou pela presença no ponto de venda. “A experiência não seria a mesma se o cliente fizesse um pedido pelo site que só trouxesse fotos dos produtos”, diz.

 

A principal razão, porém, parece ser financeira. “Frete grátis não existe, porque ele acaba sendo cobrado do cliente ou gera uma operação deficitária”, afirma Sloan. Como a empresa quer se manter lucrativa oferecendo produtos a baixo preço (o que leva, por exemplo, a uma quantidade desproporcionalmente alta de itens de marca própria), na visão da varejista o e-commerce não faz sentido.

 

Redação SuperHiper 


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