Uma arquitetura bem trabalhada conecta e oferece bem-estar aos clientes

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A SuperHiper conversou com profissionais experientes no varejo alimentar que contaram como realizam o planejamento arquitetônico de uma loja


Quem é que não gosta de entrar em um supermercado e ser bem atendimento, encontrar uma loja limpa, iluminada, um som ambiente de qualidade, produtos bem organizados nas gôndolas, não é? Enfim, diversos são os fatores que chamam a atenção dos clientes e, dessa maneira, contribuem para o sucesso de uma rede varejista.

 

Focados em apresentar (e/ou melhorar) uma boa experiência de compra aos shoppers, varejistas e arquitetos trabalham em parceria para construírem uma loja e atender o público-alvo com eficiência, além de obter bom resultado frente à concorrência que atua na região.

 

Início

Não se monta uma loja com um ambiente encantador para o consumidor sem se dedicar ao projeto arquitetônico dela. O sócio-diretor da China Geomarketing, Paschoal Bosqueti Junior trabalha desde 1993 com Geomarketing, analisando a localização das lojas e as regiões de interesse para a sua construção, explica que, para começar, após superar os aspectos legais do imóvel, considerar os acessos imediatos, analisar a atratividade do ponto em estudo é determinante. Assim como delimitar a área de influência do ponto em estudo. Avaliar os aspectos fortes e fracos da localização em relação aos concorrentes. Em seguida estimar o público-alvo e a demanda da região, localizar a concorrência e entender as vantagens e ameaças ao ponto em estudo. “Após todas as etapas do estudo de mercado serem analisadas e sendo interessantes à futura loja, o próximo desafio é a arquitetura prática e conveniente para o tipo de loja adequado ao público-alvoA loja precisa oferecer a conveniência e conforto necessários para atender o público. Isso é determinante. Por exemplo, para uma loja que tem como público-alvo o pedestre, não deve haver escadas em frente à loja, ou obstáculos à boa visibilidade. Para lojas que atendem o público de carro, estacionamento amplo e fácil, no mesmo pavimento e frontal à loja é o ideal”.

 

Há 20 anos trabalhando com arquitetura para supermercados, o arquiteto Leandro Antunes, complementa: “Tudo começa no projeto, gosto de entender as necessidades do cliente (operação da loja) e a partir daí, iniciar pelo desenho do layout dela. Penso nos caminhos que devem ser percorridos pelos consumidores e nas perspectivas visuais que devem ser vistas por eles, busco deixar a loja bem “equilibrada” com a correta distribuição dos setores dentro da área de vendas, um bom layout é responsável por garantir a “fluidez” da experiência de compra. Isso vale para uma loja nova ou para uma reforma”.

 

Benefícios

Mesmo que haja demora para a sua finalização, e os testes de layout sejam verificados e atendam às necessidades do público, que muda conforme os hábitos regionais, por exemplo, ou o tipo de loja em estudo, todo o esforço vale a pena. Leandro Antunes diz que a arquitetura é importante para o supermercado porque é ela que cria o ambiente ideal para uma experiência de compras incrível para os consumidores, é a arquitetura que define layout, materiais de acabamentos, pisos, alturas de forros, iluminação, cores e comunicação visual. “Todos esses elementos combinados devem criar o espaço ideal para que o consumidor se sinta bem naquela loja e, portanto, à vontade para desfrutá-la”, explica.

 

O objetivo principal da arquitetura no varejo alimentar é oferecer as condições adequadas ao público para que haja conforto e comodidade durante as compras. Diante dessas observações, Paschoal Bosqueti Junior, afirma que a arquitetura beneficia o varejo alimentar no sentido de oferecer facilidades e acessibilidade para o conforto e comodidade do público. “A distribuição das seções de produtos dentro loja é importantíssimo, colaborando com a sinergia durante a rota de compras do cliente. Por exemplo, as variedades de cafés próximas aos tipos de leite, ou a padaria ao lado dos laticínios”.

 

Finalização

Para todo tipo de obra, um planejamento com testes se faz necessário e vale a pena esperar pelo resultado. Testes de layout precisam ser verificados e se atendem as necessidades do público que muda conforme os hábitos regionais, por exemplo, ou o tipo de loja em estudo.

 

” O prazo de implementação está relacionado ao tipo de mudanças a serem feitas. Mudanças mais pontuais e não tão grandes tendem a ser mais rápidas. Em média uma reforma completa e mais abrangente da área de vendas pode levar cerca de 60 dias. Tudo depende, então, da sincronia entre as demandas da obra e as limitações impostas pela operação da loja, afinal, a reforma não pode prejudicar funcionamento”, explica Leandro Antunes.

 

O arquiteto ainda complementa: “Não importa o tamanho da loja, da empresa ou da rede, acredito que as transformações podem, e devem, ser realizadas sempre, numa busca pela evolução constante do negócio. As grandes redes conseguem implementar mudanças em um ritmo mais acelerado, mas as redes menores também devem evoluir e sempre buscar inovações para acompanharem a evolução do mercado”.

Paschoal finaliza: “Arquitetura é muito importante para permitir que a localização “ideal” fature o máximo possível para determinado tipo de loja. Sem esquecer que em varejo há 3 coisas mais importantes, que são: localização, localização e localização”.

 

Redação SuperHiper 


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