A receita líquida do grupo cresceu 9,3% no ano passado, para R$ 50,9 bilhões
O Grupo Pão de Açúcar registrou lucro líquido consolidado de R$ 539 milhões no quarto trimestre de 2012, o que representa uma alta 36,4% sobre o mesmo período de 2011. Em todo o ano de 2012, o lucro líquido foi de R$ 1,156 bilhão, aumento de 60,7% na comparação com o ano anterior. De acordo com a companhia, tanto o lucro líquido trimestral quanto o anual são recorde.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 33,5% de outubro a dezembro do ano passado ante igual intervalo de 2011, para R$ 1,323 bilhão. A margem Ebitda avançou 1,7 ponto porcentual para 9,1%. Já o Ebitda do acumulado de 2012 subiu 30,3% sobre o de 2011, para R$ 3,668 bilhões. A margem Ebitda do ano passado cresceu 1,2 ponto porcentual, para 7,2%.
A receita líquida de vendas do quarto trimestre de 2012 foi de R$ 14,584 bilhões, alta de 9,1% na comparação com o mesmo período de 2011. No acumulado de 2012, a receita líquida cresceu 9,3%, para R$ 50,924 bilhões.
Varejo
As vendas brutas do GPA Alimentar, que reúne supermercados, hipermercados e atacado do Grupo Pão de Açúcar, somaram R$ 8,751 bilhões no quarto trimestre de 2012, alta de 9% em relação ao mesmo período de 2011. A receita líquida aumentou 9,4%, para R$ 7,887 bilhões na mesma comparação.
No varejo, as vendas líquidas somaram R$ 6,480 bilhões no quarto trimestre, expansão de 6,7% ante igual intervalo de 2011, enquanto no atacado subiram 24,1%, para R$ 1,407 bilhão. Em relatório, a companhia destaca que o crescimento das vendas no atacado foi impulsionado pelo aumento do valor médio de compra, superior a 15%, decorrente dos ajustes feitos para atender aos públicos-alvo da bandeira, transformadores, distribuidores e utilizadores, como maior oferta de perecíveis.
A receita bruta no conceito "mesmas lojas" - abertas há mais de 12 meses - avançou 5,6%, impulsionada pelo crescimento de 7,8% nas vendas de alimentos, com destaque para perecíveis e bebidas. Em não-alimentos, a categoria de eletroeletrônicos, comercializada pela bandeira Extra, apresentou retração sobre o mesmo período de 2011, que constitui forte base de comparação. No quarto trimestre de 2011, o Extra foi a única bandeira no varejo a promover o Black Friday nas lojas físicas e a categoria de eletroeletrônicos cresceu 28% no período, explica a administração da companhia em relatório de resultados.
Apesar do crescimento de 5,6%, as vendas mesmas lojas apresentam desaceleração quando comparado com o terceiro trimestre de 2012 (+7,1%) e o quarto trimestre de 2011 (+8,7%). A receita bruta consolidada da companhia somou R$ 57,234 bilhões no ano, alta de 8,6% em relação a 2011. O montante ficou em linha com a previsão do GPA divulgada em maio do ano passado.
Investimento
O Grupo Pão de Açúcar registrou investimentos da ordem de R$ 1,57 bilhão ao longo de 2012, uma queda de 0,4% em relação ao ano anterior. O montante ficou abaixo da previsão de investimentos consolidados (capex) de R$ 1,8 bilhão divulgada em maio, sendo R$ 400 milhões para não alimentar e R$ 1,4 bilhão para GPA Alimentar.
De acordo com a companhia, foram investidos R$ 1,245 bilhão no GPA Alimentar, com concentração maior no final do ano, que somou R$ 422 milhões quarto trimestre. A Viavarejo recebeu investimentos de R$ 331 milhões em 2012, dos quais R$ 117 milhões foram desembolsados nos três últimos meses. Entre outubro e dezembro, portanto, os investimentos consolidados totalizaram R$ 539 milhões.
O foco da companhia no trimestre foi a abertura de lojas. Além de lojas GPA Alimentar, foram abertas no trimestre 16 de eletroeletrônicos, a maioria da bandeira Casas Bahia na região Nordeste. "No quarto trimestre, a companhia reportou a maior concentração de abertura de lojas dos últimos anos em ambos os negócios", destaca relatório.
A Viavarejo inaugurou 33 lojas, abaixo da meta de abrir entre 50 e 60 unidades com investimento estimado de R$ 400 milhões. "A companhia acabou por focar em 2012 na revisão dos processos de abertura de lojas, no aprimoramento do modelo de loja a ser construída, à luz do posicionamento adequado de cada bandeira, e na atualização (reforma) de lojas existentes", segundo explica em relatório a administração da holding que controla as redes Pontofrio e Casas Bahia.
Veículo: O Estado de S.Paulo