É cada vez mais perceptível no setor empresários que apostam em tecnologias de automação para melhorarem o desempenho. O mais recente caso é o da rede sulista Supermercado Koch, que ao inaugurar sua nona operação apostou nas etiquetas eletrônicas em suas gôndolas. Com o investimento de R$ 18 milhões na nova loja, a rede pretende fechar o ano com faturamento de R$ 400 milhões, registrando o crescimento de 25%. A Rede Koch espera abrir mais cinco lojas nos próximos anos, todas com a nova tecnologia de precificação e gestão.
A implantação envolveu 14 mil etiquetas eletrônicas da empresa Seal Tecnologia, que há 25 anos atua no mercado de soluções dedicadas a processos de automação. Além das etiquetas de segmento, a loja conta ainda com etiquetas gráficas, em produtos de maior valor agregado, na adega e setor de eletrônicos, e vídeo pôster, na padaria e açougue.
"Além de garantir uma experiência de compra mais confortável e segura aos nossos clientes, com a garantia que o preço na etiqueta é o mesmo apresentando no caixa (check-out), aumentamos nossa agilidade quanto à gestão dos produtos e estoque, uma vez que os nossos gerentes podem conferir na própria etiqueta as informações do produto e não precisam mais se deslocarem ao depósito e sistema. Assim ganhamos tempo e produtividade", afirmou por meio de nota Fabiano Conrado Diesel, gerente de Tecnologia da rede. Com as etiquetas eletrônicas, o supermercado conseguiu agilizar também o processo de troca de preços dos produtos, que passou de três horas para poucos minutos. Para Diesel, as etiquetas também proporcionaram ao supermercado um ambiente mais moderno. "A loja esta mais 'limpa' visualmente, e que leva a sensação de mais organização e confiabilidade aos clientes", afirma.
Segundo o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto dos Santos, esse número crescente de investimentos deve-se ao menor custo de implementação da tecnologia. "A redução dos preços de equipamentos e softwares, nos últimos anos, tornou possível a automação comercial nos pequenos negócios. Ainda é um investimento alto, mas hoje podemos mostrar aos empresários que o retorno em melhoria de gestão compensa a automação", disse ao DCI.
Para Santos, isso é um benefício também as micro e pequenas empresas de varejo. "A operação torna-se muito mais profissionalizada com a implementação dessas medidas de automação, pois evitam-se erros humanos, previnem-se perdas e torna-se possível ter informação bastante atualizada sobre o fluxo de produtos na empresa. Isso ajuda a entender melhor o funcionamento da empresa e dá informações que ajudam no planejamento dos negócios", concluiu o especialista.
Veículo: DCI