Faturamento dos supermercados mineiros registrou alta de 4,49% no acumulado de janeiro a agosto.
Depois de apurar o resultado de agosto - com aumento de vendas de 8,36% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 3,55% sobre julho -, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) elevou a expectativa de crescimento do setor para este ano, que passou de 4% para 4,5%. De acordo com o termômetro de vendas da Amis, pesquisa mensal realizada pela entidade, o faturamento do segmento supermercadista mineiro cresceu 4,49% de janeiro a agosto deste ano ante igual período de 2012.
Nem mesmo a inflação, que afeta diretamente outros setores do varejo, afastou os consumidores das gôndolas dos supermercados. Segundo explica o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues, a base do consumo de alimentos é a empregabilidade, a renda e a boa expectativa em relação ao futuro, características mantidas em Minas e no Brasil. "A inflação está sob controle e 70% do nosso faturamento vêm das classes C, D e E, que continuam com seus empregos e mantêm o otimismo", justifica.
Mas há outras razões que explicam o excelente desempenho das vendas dos supermercados em agosto. Entre os principais motivos apontados para o crescimento, destacam-se as promoções para aquecer as vendas; a volta das férias dos consumidores em julho, além do elevado nível de emprego. Outra contribuição de peso para resultado positivo foi o fato de agosto ter sido um mês com cinco sábados, que é o melhor dia da semana para as vendas, frente a quatro no mês de julho.
Custos - No momento, ressalta o superintendente da Amis, o foco dos dirigentes de supermercados deixou de ser a venda e passou a ser a rentabilidade, diante da pressão exercida pela elevação dos custos. Há dois meses os supermercados perderam o subsídio que tinham no consumo de energia elétrica, o que elevou em 70% os gastos das empresas neste setor. "A energia saiu do 12º lugar nos custos dos supermercados para o segundo", disse.
Para agravar, entraram em vigor este ano as normas reguladoras (NR) 12 e 17, que estabelecem critérios de segurança e proteção no trabalho, obrigando as empresas de panificação (e todos os que produzem pães) a investirem em maquinários para se adaptarem às novas regras e evitarem as pesadas multas aplicadas pela fiscalização. Foi outra pressão sobre os custos, com peso maior entre os pequenos e médios supermercados, ressalta Rodrigues.
Mesmo diante deste quadro de elevação de custos, o crescimento nas vendas foi constatado em todas as regiões do Estado, com destaque para a Central, onde os negócios tiveram incremento de 4,29% em agosto na comparação com julho. Em seguida no ranking de elevação de vendas vieram: Vale do Rio Doce, com crescimento de 3,84%; Norte (3,61%); Zona da Mata (3,40%); Sul (2,80%); Centro-Oeste (2,11%) e Triângulo e Alto Paranaíba (1,77%).
Veículo: Diário do Comércio - MG