Crescimento nominal do comércio no estado foi de 14,2% em 2013 e alta no país, de 13,4%. Supermercados se destacaram
O comércio varejista de Minas Gerais registrou crescimento nominal (que não desconta a inflação) de 14,2% em 2013 na comparação com 2012. O desempenho foi superior ao de estados como São Paulo (12,4%) e Rio de Janeiro (12,2%) e também à expansão de vendas no varejo brasileiro, que registrou alta de 13,4% no período. Em Minas, os setores com melhor desempenho foram supermercados e hipermercados (19%), postos de gasolina (16%) e vestuário (8,2%). Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), lançado ontem pela companhia de pagamentos eletrônicos. Descontada a inflação, as vendas do segmento no país avançaram 5,7%. Não há dados deflacionados para Minas.
De acordo com Rômulo Mello Dias, presidente da Cielo, em dezembro de 2013, o ICVA cresceu 13,2% ante 13,4% em 2012. Quando a base de comparação muda para o quarto trimestre do ano, porém, o percentual aumenta para 14,8%. “Somente na semana anterior ao Natal, as vendas não foram tão boas. Houve uma antecipação de compras com o fenômeno Black Friday, que faturou 42,9% a mais que no ano anterior”, afirmou. A maior evolução, segundo ele, foi notada no e-commerce, que mostrou um crescimento de 200% em relação às vendas das lojas on-line no mesmo período em 2012.
O ICVA mapeia segmentos como restaurantes, hotelaria e companhias aéreas, que em geral não são medidos por outros indicadores do setor varejista. Segundo o novo índice, os segmentos com maior crescimento de vendas no ano passado foram companhias aéreas (17,6%), supermercados/hipermercados e drogarias/farmácias, ambos com 15,5%. Descontada a inflação, a variação desses setores foi de 9,5%, 7,3% e 10,3%, respectivamente. O novo indicador econômico acompanhará mensalmente a evolução do varejo com base num grupo de 24 setores mapeados, de pequenos lojistas a grandes varejistas.
“Passam pelas nossas máquinas, todos os anos, o equivalente a 9% do Produto Interno Bruto (PIB) em transações financeiras com cartão e 14% do consumo das famílias. Só em 2013 capturamos R$ 450 bilhões”, explica o executivo. De acordo com Dias, o objetivo do ICVA é utilizar essa base robusta que captura informações reais e instantâneas na ponta do varejo para oferecer ao mercado e à sociedade em geral um termômetro preciso da atividade varejista.
EVOLUÇÃO As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste concentraram o maior aumento de vendas do varejo brasileiro em 2013, aponta o ICVA. O Norte registrou uma aceleração de 16,8%, enquanto Nordeste e Centro-Oeste tiveram evolução de 15,3% ante 2012. Já as regiões Sul e Sudeste, que têm o desafio estatístico de crescer sobre uma base elevada, encerraram o ano com crescimento de 14,8% e 12,5%, respectivamente.
Os dados foram capturados, de forma agregada, da base de 1,4 milhão de pontos de venda ativos credenciados à Cielo no Brasil. Segundo Dias, a ampla presença no comércio e o uso de modelos estatísticos para eliminar efeitos de competição e substituição de meios de pagamento tornaram possível mostrar uma fotografia precisa e rápida de como evoluem as vendas no comércio varejista no país.
Veículo: Estado de Minas