Abilio Diniz vende ações do Pão de Açúcar

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O empresário Abilio Diniz vendeu ontem em leilão na BMF&Bovespa todas as suas ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar que estavam em seu nome como pessoa física. Foram cerca de 7,9 milhões de papéis preferenciais (sem direito a voto) vendidos, sendo que inicialmente o leilão envolveu lote menor, de 3 milhões de PNs, mas com crescente demanda, a venda atingiu volume maior, em operação coordenada pelo Itaú BBA.

Segundo informações da BMF&Bovespa, os 7,9 milhões foram vendidos a R$ 104,03, somando R$ 821 milhões. O empresário pode ter ações da companhia ainda em outros investimentos do Grupo AD, que reúne os negócios do empresário.

Fundos de investimentos estrangeiros compraram boa parte dos papéis, segundo informações de mercado. Um deles teria sido o fundo soberano de Cingapura (GIC). Um único investidor comprou R$ 5,2 milhões de preferenciais a R$ 104,03, movimentando R$ 542,8 milhões.

Há cerca de duas semanas, o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor antecipou a existência de sondagens, à Abilio, de fundos e bancos interessados em adquirir em leilão ações do empresário na companhia, e que o Abilio estava analisando a hipótese. Segundo pessoas próximas ao empresário, ele pretende investir os recursos em outros ativos, mas descarta a hipótese de comprar participação no Carrefour.

A operação de venda aconteceu dois meses após a empresa de investimentos do empresário, Península Participações, ter separado a fatia de Abilio no GPA das que seus familiares têm na empresa.

Pelo definido, as fatias que Abilio Diniz, Ana Maria Diniz, João Paulo Diniz, Pedro Paulo Diniz, Adriana Falleiros Diniz, Rafaela Diniz e Miguel Diniz tinham na Península foram canceladas e restituídas por meio de transferência em ações preferenciais do GPA.

Com essa migração, a participação de Abilio Diniz no GPA em ações preferenciais (sem direito a voto), separada dos demais, somava 7,91 milhões de papéis, representando 40,8% da fatia total da família no GPA. Os outros integrantes ficaram com pouco mais de 1,9 milhão de PNs cada um.



Veículo: Valor Econômico


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