Expectativa é faturar R$ 29 bilhões
Enquanto a maioria dos setores refaz as contas e revê as projeções de desempenho para 2014, os supermercados mineiros seguem otimistas com as vendas neste exercício. De janeiro a junho deste ano o faturamento do segmento cresceu 2,32%, segundo o Termômetro de Vendas, pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercado (Amis), e a expectativa é de encerrar 2014 com alta de 3,5% nos negócios, atingindo faturamento de R$ 29 bilhões.
Somente em junho na comparação com igual mês do ano passado, o crescimento das vendas foi de 1,15%. Na avaliação do superintendente da entidade, Adilson Rodrigues, os resultados positivos são, justamente, conseqüência da atual conjuntura econômica. Conforme ele, em um momento em que as pessoas estão receosas de comprometer a renda com compras de bens duráveis e no longo prazo, gastos mais imediatos e com itens de primeiras necessidades acabam sendo beneficiados.
"Parece um pouco contraditório, mas quando o cenário está ruim as pessoas começam a evitar algum endividamento. E como o emprego continua pleno e a renda em ascensão, há mais dinheiro no bolso do consumidor, que acaba indo ao supermercado com maior liberdade para comprar", explica.
Por outro lado, Rodrigues lembra que a Copa do Mundo não foi tão favorável aos negócios do segmento. Neste sentido, o levantamento indicou também que, em relação a maio, o setor registrou queda de 2,76% no faturamento no mês passado. De acordo com o superintendente, grande parte dos supermercadistas ouvidos na pesquisa afirmou que o campeonato mundial foi responsável pela queda, não de forma direta pelos gastos do consumidor durante o evento, mas pelos dias em que as lojas foram fechadas mais cedo devido aos jogos.
"Nos dias em que as lojas estiveram fechadas perdemos vendas. Isso comprometeu o faturamento e mesmo que as comercializações tenham subido em alguns departamentos, não chegaram a compensar a retração em outros", diz.
Regiões - Na análise regional, todas as regiões apresentaram desempenho negativo neste tipo de confronto. O destaque ficou com a região Centro-Oeste, cuja retração foi de apenas 0,25% no mês. Em seguida, apareceu a região Norte/Nordeste (-0,5%), depois Triângulo/Alto Paranaíba (-2,42%), Rio Doce/Mucuri/Jequitinhonha (-2,91%), Central (-2,99%), Sul (-3,68%) e Zona da Mata (-4,36%).
"No caso da Zona da Mata acreditamos que a proximidade com o Rio de Janeiro pode ter sido a grande justificativa para tamanha retração. Os efeitos Copa acabaram impactando mais aquele Estado e as regiões mais próximas", completa.
Veículo: Diário do Comércio - MG