Mesmo com a atividade econômica fraca, redes estimam crescimento de até 30% nas encomendas para o período
A proximidade do Natal já está movimentando o setor supermercadista mineiro. Tanto as grandes redes quanto as lojas menores já começaram a fazer as encomendas junto aos fornecedores especialmente para o período. Para este ano, apesar da desaceleração da atividade econômica, os empresários do setor preveem ampliar as vendas para a data ou, pelo menos, empatar com o ano passado.
o caso do Grupo Super Nosso, que possui 16 lojas em Belo Horizonte, que estima crescimento de 15% das vendas no período. "Estamos finalizando os preparativos para a campanha de Natal e estamos com boas expectativas", afirmou a gerente de marketing da rede, Maida Sales.
No Supermercado Coelho Diniz, tradicional rede do Leste de Minas e Vale do Aço, a perspectiva também é de crescimento das encomendas em até 30% no período. De acordo com o sócio-proprietário do grupo, André Diniz, o aumento dos pedidos é ainda maior em relação aos artigos alimentícios relacionados com a data, como aves natalinas, frutas, castanhas e panetones.
"Normalmente, as encomendas de itens relacionados diretamente com o Natal dobram no período", ressaltou.
Nem mesmo a alta do dólar no último mês desanimou os lojistas. Embora as encomendas de importados não devam crescer neste ano, a tendência é manter os pedidos no mesmo patamar do ano passado. Além disso, apesar do aumento dos custos dos supermercadistas, ele não pretendem repassá-los ao consumidor. "Como nem todos os itens sofreram aumentos, vamos compensar as altas de alguns produtos. Dessa forma, não haverá reajuste nos preços. Pelo menos, vamos fazer o possível para que não haja", comentou Diniz.
Já o Supermercados BH Comércio de Alimentos Ltda. ainda não fechou as compras para formar o estoque de Natal. Porém, a expectativa, segundo o marketing da empresa, é por um crescimento de 20% das encomendas no período.
Bairros - Por outro lado, o Supermercado 2B, instalado no Prado, região Oeste da Capital, não pretende ampliar as compras específicas para o Natal. De acordo com o proprietário do pequeno estabelecimento, Gilson de Deus Lopes, as apostas para este ano serão bem "pés no chão". "Diante do atual cenário econômico, vamos comprar exatamente as quantidades vendidas no ano passado", explicou.
A expectativa do empresário é que o resultado deste Natal seja semelhante ao de 2013. "Esperamos boa saída para carnes típicas do período, como aves e pernil. Porém percebemos que o tradicional peru tem perdido espaço para aves menores, como chester", ressaltou.
Veículo: Diário do Comércio - MG