As vendas reais do varejo cresceram 2% em março, segundo estudo elaborado mensalmente pelos associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). O resultado ficou abaixo da expectativa de crescimento de 5,4% divulgada pelo instituto
Em nota, o IDV considerou que a comparação anual é afetada por um efeito de calendário. Em 2015, o Carnaval foi no mês de fevereiro, mas em 2014 o evento havia acontecido em março. Além disso, a presidente do IDV, Luiza Helena Trajano, também presidente da varejista Magazine Luiza, considerou que as perspectivas dos associados tem sido afetadas pela mudança no cenário econômico, com redução da renda real das famílias e queda da confiança do consumidor.
IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) também indica a expectativa para os próximos três meses dos associados, que são algumas das maiores redes de varejo do Brasil. Os varejistas estimam crescimento real de 3,4% em abril, 2,68% em maio e 4,5% em junho, sempre em relação aos respectivos meses de 2014.
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice e perfumaria, apresentou crescimento de 0,55% em março deste ano, valor abaixo da média do IAV. A expectativa futura é de um crescimento maior nas vendas: 1,6% em abril, 1,7% em maio e 2,32% em junho.
Já o setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, ficou acima do IAV em março, com fechamento de 7,2%. A estimativa de crescimento é de 7,3% em abril, 5,5% em maio e 8,7% em junho. Para o segmento de bens duráveis, os associados divulgaram resultado real de 0,33% em março. Para os meses subseqüentes, a expectativa de crescimento real é de 3,2% em abril, 2,1% em maio e 4,6% em junho.
O IDV representa 64 empresas varejistas de diferentes setores. Entre os associados estão grandes grupos como Pão de Açúcar, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Raia Drogasil, entre outros. (AE)
Veículo: Agência Estado