Rede varejista reportou lucro líquido de € 218 milhões no primeiro semestre do ano, ante os € 441 milhões vistos no mesmo período do ano passado
LONDRES - O grupo varejista francês Carrefour teve lucro líquido de € 218 milhões no primeiro semestre deste ano, significativamente menor que o ganho de € 441 milhões apurado em igual período de 2014. O lucro operacional, medida preferida do Carrefour, caiu 33% na mesma comparação, a € 745 milhões, vindo abaixo da expectativa de analistas consultados pela empresa, que previam ganho de € 714 milhões.
As vendas líquidas tiveram expansão anual de 5,2% entre janeiro e junho, a € 37,74 bilhões, à medida que o bom desempenho na América Latina, em especial no Brasil e Argentina, mais do que compensou um fraco avanço na Europa e difíceis condições de negócios na China.
O Carrefour não fez mudanças nas projeções para 2015 e informou que continuará implementando seus planos, que preveem investimentos totais de € 2,5 bilhões a € 2,6 bilhões.
Crise? Após exaltar qualidades e elogiar fortemente o Brasil, o presidente do Carrefour, Georges Plassat, foi questionado durante apresentação aos investidores e analistas sobre as diferenças dessa percepção em relação à de muitos empresários que reclamam do País.
Foi citado inclusive o caso da francesa L'Oréal e de seu presidente, Jean-Paul Agon, que reclamou nesta quinta-feira, 30, que o Brasil prejudicou o resultado da companhia. "Talvez, pela crise, você prefira ter uma comida boa na mesa a um creme bom no rosto. Se eles estão desapontados com o Brasil, é um problema deles", disse, frisando que se tratava de uma piada.
Plassat explicou que o Carrefour obtém bons resultados no Brasil porque a empresa está em processo de transformação com a expansão de vários formatos, como o atacarejo e as lojas de vizinhança, além da reforma dos hipermercados. (Com informações da Dow Jones Newswires).
Veículo: Jornal O Estado de S.Paulo