A Seta Atacadista encerrou as atividades de mais uma loja no Grande ABC. Desta vez, a unidade da Av. Giovanni Battista Pirelli, no bairro Homero Thon, em Santo André, amanheceu com as portas fechadas e surpreendeu seus 60 funcionários, que não foram avisados previamente. Em uma semana, o grupo de atacarejo (que mistura atacado e varejo) sediado em Itaquaquecetuba, no Interior, fechou duas lojas na região na calada da noite. Na quinta-feira passada, foi a vez da unidade da Av. Humberto de Alencar Castelo Branco, no bairro Assunção, em São Bernardo. Dos cerca de 80 funcionários que atuavam no local, a metade será remanejada para outras unidades.
A Seta, que mira regiões periféricas, possui agora sete supermercados na região, sendo três em Santo André, dois em Mauá, um em Diadema e um em São Caetano. A rede ainda emprega cerca de 340 profissionais no Grande ABC.
O Diário não localizou porta-voz da empresa para comentar os encerramentos. O Secabc (Sindicato dos Comerciários do ABC) informou que representantes da entidade estiveram no local e conversaram com responsáveis pela loja. O motivo apontado pelos fechamentos foi o agravamento da crise econômica. Quanto ao pagamento das rescisões do contrato de trabalho, a promessa dada foi a mesma que para os funcionários de São Bernardo: acerto de contas em dez dias.
O problema é que microempresários que atuavam na entrada do estabelecimento, com salão de cabeleireiro, venda de tapioca e até corretora de seguros, ficaram sem explicação. Alguns negócios tinham contrato de dois anos com a rede, mas foram intimados a deixar o local em um dia. Existe a suspeita de que a Seta já devia três meses de aluguel, por isso o encerramento repentino. Os empresários disseram que vão registrar boletim de ocorrência.
Soraia Abreu Pedrozo - Do Diário do Grande ABC