Vendas do Carrefour desaceleram no 4º tri; CFO espera IPO de operação no Brasil este ano

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Na França, desempenho fraco reflete ambiente difícil para hipermercados; varejista considera que mercado brasileiro se mostrou resiliente em meio a crise econômica

 



PARIS - O Carrefour, segundo maior varejista do mundo, disse que o crescimento das vendas desacelerou no quarto trimestre, refletindo um desempenho mais fraco em seu mercado francês, onde as lojas de hipermercados sofreram em um ambiente persistentemente difícil. No Brasil, o segundo maior mercado do grupo depois da França, o negócio foi resiliente, apesar da desaceleração da economia, enquanto as vendas em outros lugares da Europa, principalmente a Espanha, registraram crescimento sólido. Na China, onde o Carrefour está reestruturando suas operações, a queda das vendas desacelerou para 5,4 por cento, de 7,8 por cento no terceiro trimestre.


O diretor financeiro da companhia, Pierre-Jean Sivignon, disse que a receita operacional líquida de 2016 seria "muito próxima" da mediana das expectativas de 2,39 bilhões de euros, o que implica uma queda de 2,2 por cento em relação aos 2,445 bilhões de euros em 2015. O maior varejista da Europa também espera lançar ofertas públicas iniciais para sua unidade de propriedade comercial Carmila e seu negócio brasileiro este ano, disse ele.


O Carrefour disse que as vendas no quarto trimestre atingiram 23,366 bilhões de euros, acima da mediana das estimativas dos analistas de 23,22 bilhões em uma pesquisa da Thomson Reuters. Desconsiderando os efeitos de combustível, moeda e calendário, as receitas cresceram 2,9 por cento ano-a-ano, uma desaceleração ante a alta de 3,2 por cento no terceiro trimestre.


Na França, onde o Carrefour faz 43 por cento de suas vendas, a receita anual cresceu 0,7 por cento no trimestre, após aumento de 1,2 por cento no terceiro trimestre, em meio à forte concorrência de preços entre os varejistas. As vendas de mesmas lojas nos supermercados franceses do Carrefour caíram 1,2 por cento depois de uma queda de 1,0 por cento no terceiro trimestre, mas os supermercados e lojas de conveniência tiveram um desempenho robusto.

 


(Reportagem de Dominique Vidalon)


Reuters

 

Fonte: DCI - São Paulo

 

 

 


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