Cinco unidades foram fechadas nas últimas semanas, a maior parte no RS; ao todo, teriam sido 300 demissões
Dando continuidade ao processo de enxugamento de sua operação no Brasil, a varejista Walmart fechou cinco lojas nas últimas semanas, sendo três no Rio Grande do Sul. Entre as bandeiras afetadas estão a Nacional (rede gaúcha de supermercados que foi adquirida pela americana em 2005) e a Todo Dia (de lojas de proximidade). Além disso, a empresa demitiu funcionários nos últimos dias da área comercial e administrativa. Contando os cortes no varejo e na sede, o total de demitidos chegaria a 300 profissionais, segundo fontes ouvidas pelo Estado.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Walmart afirmou inicialmente que apenas uma loja da bandeira Nacional havia sido fechada. Mais tarde, confirmou as cinco desativações, sem dar mais detalhes. Em relação aos cortes, negou as demissões em massa.
Fontes de mercado afirmaram, contudo, que os planos de enxugamento da operação – especialmente na área de supermercados, modelo de loja considerado menos rentável atualmente – não estariam concluídos. O Walmart ainda teria uma lista de unidades que podem vir a ser desativadas em 2017.
Os cortes neste início de ano vieram apesar de a varejista americana ter divulgado dados positivos relativos ao Brasil em seu mais recente balanço, referente ao terceiro trimestre do ano passado. Nos números selecionados que divulga sobre a operação regional, a companhia informou que o lucro operacional diminuiu. No entanto, disse que as vendas cresceram 8,1% entre julho e setembro, enquanto o fluxo de clientes nas lojas cresceu 0,5%.
Enxugamento. Na virada de 2015 para 2016, o Walmart fez profundos cortes em sua operação. Além de fechar unidades de supermercados, na época a companhia também fechou hipermercados e até atacarejos, modelo considerado o mais rentável pelas grandes varejistas atualmente.
Na época, inicialmente o Walmart afirmou que tinha a intenção de fechar 5% de suas operações, ou cerca de 30 operações. No entanto, em 15 de janeiro de 2016, foi revelado que o total de lojas desativadas chegou a 60. / M.S. e FERNANDO SCHELLER
Mônica Scaramuzzo, Fernando Scheller
Fonte: O Estado de S.Paulo