São Paulo - Depois de retraírem por dois anos seguidos, os mercados de vizinhança devem apresentar este ano uma estabilidade ou um pequeno crescimento nas vendas, segundo projeção da GfK divulgada ontem durante evento do setor atacadista.
"Esse mercado vai continuar crescendo. Apesar de ter passado dois anos difíceis, a partir de 2017 ou ele fica estável ou já vê um pequeno crescimento, e nos próximos anos deve continuar avançando", afirmou o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima. A previsão se dá por conta da melhora de alguns indicadores apontados em estudo da empresa. A confiança do comerciante de vizinhança em relação a situação futura avançou em 57%, frente ao resultado apresentando no ano passado, e a competitividade de preços desse modelo também se manteve em ascensão.
"Os pequenos varejistas usaram nos últimos anos uma estratégia de não aumentar tanto os preços para conseguir manter o cliente", afirma Lima. Com a estratégia os preços praticados nos mercados de vizinhança atingiram em 2017 praticamente o mesmo patamar dos valores cobrados nos hipermercados e supermercados, o que também deve contribuir para a retomada das vendas do segmento este ano.
Outro fator positivo para os mercados de bairro, segundo o estudo, é o maior investimento dos empresários em tecnologias. De acordo com Lima, nos últimos cinco anos em que a pesquisa é realizada houve um avanço consistente no aporte dos pequenos comerciantes em soluções de tecnologia e na maior profissionalização dos negócios, o que vem dando resultado agora. A pesquisa foi feita através da entrevista com mais de 400 varejistas.
Desempenho no semestre
Segundo estudo da Nielsen, divulgado recentemente, o faturamento dos mercados de vizinhança avançou 3% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao volume de produtos vendidos, por outro lado, houve uma retração de 1,6%.
Fonte: DCI São Paulo